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Tuitar pode ajudar a prevenir epidemias, aponta estudo

Rodrigo Vitulli

gripe

E não é que “revolução de sofá” protagonizada pelos usuários do Twitter em protestos a qualquer coisa pode ter seus resultado? Segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (17) no site da revista NewScientist, nos lugares onde as pessoas mais tuitaram sobre a vacina durante a epidemia de gripe em 2009 (aquela famosa gripe suína) foram os que registraram maior índice de aplicação dessas vacinas.

O teor do tuítes também tem um impacto direto na disseminação da informação. O estudo analisou cerca de 470 mil tuítes sobre a gripe em várias regiões do mundo, principalmente no hemisfério norte, onde a incidência da doença foi maior. A conclusão foi que no lugar onde os tuítes sobre a vacina eram positivos o número de pessoas que procuraram a prevenção foi consideravelmente maior.

O contrário também é válido: onde os tuites repercutiam negativamente os efeitos da vacina, menos gente procurou os postos de saúde com a intenção de se vacinar. Em outras palavras, tuitar pode ajudar a prevenir epidemias, desde que a vacina seja encarada como uma coisa positiva pelos usuários da rede.

De acordo com o pesquisador Marcel Salathé, da universidade de Penn State, no Estado da Pensilvânia (EUA), os usuários do Twitter tendem a seguir pessoas cujas opiniões combinam com a própria. Logo, uma quantidade grande tuítes negativos sobre algo tende a criar uma imagem negativa e influenciar os usuários: “uma análise primária dos dados mostra que a opinião no Twitter é contagiante. Se pudéssemos ficar sabendo sobre esses desentendimentos antes, podemos agir contra a desinformação e criar um trabalho de comunicação mais efetivo”, completa Michel, responsável pela pesquisa.

Lá da NewScientist
Imagem: Getty Images