Blog do UOL Tecnologia

Arquivo : novembro 2012

Playground virtual: braços robóticos permitem brincar na internet com gatos abandonados
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Juliana Carpanez

Eis aqui o site que vai mudar sua vida (para pior, no ponto de vista de seu chefe): iPet Companion. A página para fãs de gatos mostra vídeos ao vivo capturados em dez  abrigos nos Estados Unidos, além de permitir que você brinque com os felinos que aparecem nas imagens.

”Os gato pira” na brincadeira; painel à direita controla câmera e também a varinha no abrigo

Para isso, é necessário escolher o abrigo (o nosso aqui foi o Oregon Home Society) e esperar em uma fila virtual (nosso tempo foi de oito minutos, durante os quais mantivemos a produção do site a todo vapor, chefe). Passado esse tempo, você consegue controlar a câmera (escolhendo qual imagem todos os usuários verão) e também movimentar remotamente um brinquedo enquanto aperta um botão.

Numa espécie de Big Brother felino, site mostra dez abrigos de animais nos EUA em tempo real

Desculpa aí, mas o primeiro bichano me amou. Sério. Antes de eu comandar a varinha, ele estava se lambendo, no maior clima #foreveralone. Durante meus dois minutos de controle (tempo máximo permitido), pirou no brinquedo. Quando fui destituída do cargo, deu as costas para a interatividade e sumiu da visão da câmera.

Que fique claro: essa foi a reação do primeiro gato, que aparece na foto acima. Já o segundo, da Humane Society of South Mississippi, esnobou todas as minhas tentativas virtuais de amizade. Não a toa, não existe tempo de espera para brincar com esse gato #chatiado.

O site foi desenvolvido pela Reach-In, uma empresa de Idaho que comercializa as câmeras e os braços robóticos para a brincadeira. Segundo a empresa, a iniciativa da qual já participaram internautas de 172 países aumentou em 67% as adoções nesses abrigos e em 295% as contribuições financeiras. A empresa, claro, vende o kit do site a partir US$ 350 (cerca de R$ 700) nos EUA – por esse preço, é melhor continuar brincando com os gatinhos dos abrigos, mesmo. 🙂


Fuga de John McAfee: confira os detalhes mais esquisitos desta história
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Juliana Carpanez

Recentemente, a gente publicou aqui no UOL Tecnologia uma história que tem como protagonista John McAfee, 67, o fundador da empresa de antivírus. Resumindo tudo em 140 caracteres: McAfee fugiu após a morte do vizinho, da qual é suspeito. Ele nega. Usa a imprensa e seu próprio blog para afirmar que é um alvo do governo. Update: após três semanas foragido, McAfee foi preso na Guatemala.

A história, desde sempre bem estranha, passou para o campo do surreal quando McAfee criou um blog para dar sua versão sobre o caso. Abaixo, listamos os detalhes mais esquisitos dessa trama, que inclui acusações de paranoia, fugas com caixa de papelão na cabeça e um disfarce de turista alemão bêbado.

1 – Para começar, registremos aqui a estranheza de um fugitivo manter um blog atualizado sem ninguém rastreá-lo. O blog foi criado após a fuga e é atualizado mais de uma vez ao dia (um amigo chegou a publicar um post, mas a maioria é assinada pelo próprio John McAfee). Tem também o Twitter oficial de McAfee, com posts escritos em primeira pessoa.

2 – Após Gregory Faull ter sido encontrado morto, a polícia foi até a casa de McAfee, que era vizinho da vítima na ilha de Ambergris Caye. McAfee (que se diz alvo das autoridades belizenhas, sem especificar o motivo) afirma ter escapado se enterrando na areia, com uma caixa sobre a cabeça para poder respirar. Imagine a cena.

3 – Apesar de estar foragido, McAfee contou à “Wired” um de seus disfarces, quando ele pintou seu cabelo, sobrancelha, barba e bigode de preto. “Provavelmente ficarei parecido com um assassino, infelizmente.” Aí fica a dúvida: se o disfarce é revelado, continua sendo um disfarce?

4 – Ainda sobre disfarces, o foragido usou seu blog para dar detalhes de outras transformações – um turista alemão bêbado, por exemplo. “Aos 67 anos, foi um espetáculo”, comentou em seu blog.

John McAfee, em foto postada em seu Facebook

5 – McAfee afirma que, em outra ocasião quando estava disfarçado durante a fuga, quase vendeu uma escultura de golfinho para um repórter da Associated Press em Belize. Segundo ele, o repórter acabou se afastando após receber um telefonema urgente. Um golfinho, gente!

6 – Em seu blog, ele “ajuda” as autoridades com dicas sobre onde procurá-lo: “durante mais da metade do meu exílio, estou morando em uma árvore”. A quem possa interessar, neste mesmo post ele conta que todos os seus telefones celulares (sim, no plural) cheiram a urina, que está cheio de picadas de mosquitos,  que dorme menos de duas horas por noite. Também diz ter sido picado duas vezes por escorpiões e que come carne crua de iguana e de peixe.

7 – McAfee anunciou — em seu blog, claro — a criação de uma história em quadrinhos chamada “Hinterland”, em que o desenhista Chad Essley contará sua amizade com o “rei do antivírus”. Essley é administrador do blog de McAfee e envia neste mesmo site recados para o empresário (“John, me ligue assim que possível. Acabei de receber uma ligação do [programa] Good Morning America”).

8 – Apesar de ser procurado pela polícia de Belize, McAfee afirmou à revista “Wired” que não tem planos de se apresentar às autoridades nem de deixar a ilha. Não que a gente conheça Belize, mas existe essa opção de viver foragido em uma ilha?

9 – Um repórter da revista “Wired”, que foi a Belize em junho entrevistar McAfee, contou à Folha de S.Paulo que “o empresário vivia atualmente com cinco mulheres belizenhas em seu rancho de 10 mil metros quadrados. Todas aparentavam ter menos de 20 anos, e uma delas, uma prostituta de 17 anos, andava armada e já atirara contra o próprio McAfee”.

10 – O primeiro-ministro de Belize, Dean Barrow, chamou McAfee de maluco e paranoico. Ele respondeu, dizendo que maluco é o premiê. Mas, em outra declaração, afirmou: “Você pode dizer que sou paranoico, mas eles vão me matar”.

11 – Depois de preso na Guatemala, McAfee continuou atualizando sem blog. De dentro da prisão, claro, porque nada aqui é convencional. Em um dos posts, ele contou: “Estou usando o computador de um dos guardas […]. Ele é um homem doce e educado […]. Ele faz café para mim e me conta histórias sobre sua vida. É uma boa companhia”, escreveu McAfee, que agora tem um novo amigo.


Reality show mostra a dura vida de quem trabalha postando fotos de gatos na web
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Juliana Carpanez

Ben Huh (de braços cruzados, ao centro) é o CEO da empresa Cheezburguer. Climão: trabalhamos

Imagine que legal ser funcionário de um site onde a principal matéria-prima de seu trabalho sejam fotos (fo-fas!) de gatos. E onde seu foco seja acrescentar frases divertidas a essas imagens. Mais: uma companhia que tenha como missão fazer as pessoas felizes cinco minutos por dia. Essa empresa existe. Sério. Chama-se Cheezburger, fica em Seattle e tem cerca de 90 funcionários para cuidar de diversos sites (entre eles a página dos gatos, a I Can Has Chezburguer). Mas, ao contrário do que parece, a vida lá pode não ser muito divertida. Sério.

Gatinho do I Can Has Chezburguer diz: ”Quando crescer, vou sentar na mesa dos adultos”

É isso o que mostra um novo reality show da Bravo TV, chamado LOL Work, que tem como cenário a sede da Cheezburguer e usa os funcionários da empresa como personagens. A primeira temporada mostra um ambiente de trabalho onde a diversão só aparece, basicamente, no produto final (na internet, com os gatos que falam uma língua própria). No dia a dia, tortas de climão são servidas com frequência, principalmente sobre a mesa de reuniões.

O diretor-executivo Ben Huh, que comprou em 2007 o site dos gatos, gosta por exemplo de colocar pessoas sem afinidade para trabalharem juntas. Se A não gosta de B, a dupla será formada justamente por essas duas figuras. E ele deixa com frequência a cartilha de RH de lado, criando ou reforçando situações de conflito entre seus funcionários. Estes, por sua vez, aproveitam a ação das câmeras para fazerem caras e bocas, mostrando que desaprovam os comentários, atitudes ou opiniões de seus colegas. E dá-lhe mais torta climão saindo do forno.

Sejamos justos: trata-se de uma primeira impressão da série, pois ela está apenas no terceiro episódio (que conta, a propósito, com uma competição na qual os funcionários devem comer em um potinho de gato). E também não estamos falando aqui de casos tão extremos como os da cozinha de Gordon Ramsay (aquele de outra série, a “Hell’s Kitchen”). Mas para uma empresa moderninha de internet, que prega acima de tudo a diversão de seus clientes, a vida dos funcionários da Cheezburguer poderia ser mais fácil. Nem que fosse apenas  por cinco minutos a cada dia.


Com nome de “Sam Sung”, funcionário da Apple Store se torna viral na web
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Flávio Carneiro

Um funcionário de uma Apple Store da cidade de Vancouver, no Canadá, se tornou viral na internet nos últimos dias. O motivo? O nome dele: “Sam Sung”. Isso mesmo, primeiro nome “Sam” e sobrenome “Sung”. Um tanto irônico, né?

Cartão de visitas de Sam Sung, funcionário da Apple Store

A história começou quando o usuário @jdalrymple, do Twitter, tirou uma foto do cartão de visitas de Sung e postou na rede social (tudo para provar a existência do rapaz e não perder a piada).

Depois que o episódio se espalhou pela internet, o site “The Huffington Post” foi até a loja e confirmou as informações. O rapaz que carrega o nome da empresa sul-coreana realmente existiria e trabalha na Apple Store.

De acordo com o site, a existência do rapaz e o fato de ele trabalhar na Apple Store também podiam ser constatadas na rede social Linkedln. No entanto, a conta de Sung teria sido excluída da página momentos depois da fama na web.

Em meio às enormes brigas judiciais entre a Apple e a Samsung, apenas a coincidência entre o nome do rapaz e o fato dele trabalhar em uma Apple Store já foram o suficiente para gerar um “boom” na internet.

Afinal, não é todo dia que se pode dizer que “Sam Sung trabalha para a Apple”.

Lá do The Huffington Post


Para adotar gato, pai exige mil “curtir” no Facebook; filhos superam os 110 mil
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Juliana Carpanez

A proposta era irrecusável: você curtia no Facebook a foto acima e com isso ajudava os irmãos Evelyn, 1, e Remy,7, a ganhar um gato. Ninguém resistiu, e os mil “curtir” exigidos pelo pai das crianças em troca do bichano acabaram superando a marca de 20 mil cliques. Em um dia. Nesta terça-feira (13), uma semana após a publicação, a imagem da família norte-americana já foi curtida mais de 110 mil vezes e compartilhada 104,8 mil vezes. E as crianças, é claro, já ganharam seu gato. Ou melhor, uma gata.  #finalfeliz

Remy,7, em foto tirada logo após a adoção da gata Hairyette Pawturr

A imagem foi postada no perfil de Marisa Papile Urbano, mãe das crianças e mulher de Dan Urbano (o pai exigente). No texto, ela dizia: “Dan acha que não há como conseguirmos isso [os mil cliques]. Eu acho que sim. Ajudem a gente. Realmente queremos um gato chamado Hairy Pawturrr”. Na foto (essa acima, uma versão do apelo toda trabalhada na fofura), as crianças exibiram na lousa uma mensagem (em inglês) parecida com a da mãe.

Em um post, o pai explicou que teve essa ideia para adiar a chegada do gato. “Vi que tinha me ferrado quando a foto chegou aos 400 curtir, e a Marisa ainda estava tentando torná-la pública no Facebook”, explicou Urbano. A família adotou o gato no domingo (11) e participou até do programa de TV “Good Morning America”.

O pai deu o braço a torcer em relação à gata (que acabou ganhando o nome de Hairyette Pawturr), mas decretou em seu blog: nos livraremos de todos os peixes. Isso, claro, até que seus filhos façam uma nova campanha no Facebook.


No dia de finados, tuiteiros estabelecem dia do Orkut e homenageiam rede social
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Guilherme Tagiaroli

Reprodução da página inicial do Orkut de 2004; tuiteiros lembram com nostalgia da rede social

 

A internet muda (muito) em pouco tempo. No início dos anos 2.000, quase todo mundo tinha o ICQ. Após algum tempo, todo mundo esqueceu o ICQ e foi para MSN Messenger (atual Windows Live Messenger). E a provável próxima vítima de esquecimento, para muitos internautas, parece ser o velho Orkut – fundado no longínquo ano de 2004.

A rede social fundada pelo turco Orkut Büyükkökten está sendo homenageada durante o feriado de finados com a hashtag #diadoorkut no Twitter. O termo ficou entre os mais citados no Brasil nesta sexta-feira (2). O que chama a atenção ao ver os comentários sobre a rede social é o saudosismo. Por mais que a opinião geral aponte para a “desertificação” do Orkut, vários usuários relembram com certa saudade dos recursos da rede.

Um dos comentários mais comuns no Twitter sobre a rede neste feriado é: “Pelo menos no Orkut eu sabia quem estava me stalkeando”. O recurso em questão mostrava exatamente quem tinha visitado o seu perfil. Aliás, em função disso, muita gente mantinha perfis falsos só para poder dar uma olhadela cuidar da vida dos outros em perfis de amigos.

Outras características clássicas lembradas pelos internautas são os scraps (recados), a briga de alguns para sempre aparecerem em primeiro nos depoimentos enviados a alguém, as comunidades com discussões raivosas e intermináveis, os jogos sociais (Colheita Feliz e afins) e até o Buddy Poke (aplicativo em que era possível criar um avatar animado).

Sem contar a fase em que era necessário convite para entrar. Na época, havia uma grande expectativa de que a rede liberasse, o quanto antes, novos convites aos usuários para, em seguida, serem distribuídos a outros amigos.

O Orkut só fez sucesso no Brasil e na Índia – a liderança do site foi tomada pelo Facebook nos dois países, segundo pesquisas. Porém, a rede vai ficar na memória de quem já ficou na “fissura” esperando o recebimento de um scrap ou de um depoimento. Nenhum site, pelo menos no Brasil, forneceu tantos recursos de interação sociais na época de sucesso da rede.

Apesar de o Facebook ter recursos mais complexos, há ainda quem defenda que o Orkut é a rede social que melhor lida com a privacidade do usuário e que não tem um monte requisições de aplicativos chatos.

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Lá do Twitter

Imagem: Reprodução

Tags : orkut


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