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Arquivo : julho 2013

Alemã cria Tumblr engraçadão com fotos tiradas pelo suspeito de furtar seu celular
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Juliana Carpanez

‘O calor do verão não impede que o criativo Hafid explore novos lugares’, diz a irônica legenda

A alemã que criou o Tumblr “Life of a Stranger who Stole my Phone” (vida do estranho que roubou meu telefone) não diz qual é seu nome. Mas ela identifica (e muito!) um jovem que teria furtado seu telefone celular durante as férias em que passou em Ibiza, na Espanha. E é aí que o Tumblr ganha forma.

A autora diz que todas as fotos tiradas com seu telefone celular (um smartphone Android) são salvas automaticamente em um serviço de armazenamento em nuvem.

“De volta à Alemanha, alguns dias depois do Natal, quatro meses depois da viagem, liguei meu computador e encontrei no Dropbox 15 novas fotos tiradas com o celular. […] O ladrão não deletou o aplicativo nem meus dados de login. É por isso que consigo ver no meu computador cada foto que ele tira”, explicou. Apesar de mencionar o Natal, o Tumblr só foi criado no dia 28 de julho.

Rosto identificado, era hora de saber mais sobre o suposto ladrão. Foi então que, ainda segundo a alemã, o desconhecido enviou para o perfil da vítima no Facebook uma mensagem de paz (mais precisamente, um “salam”). Dessa forma, ela diz ter descoberto o nome do “vilão”: Hafid.

Daí em diante, entramos na seara do bullying. Cada nova foto de Hafid (supostamente morador de Dubai) ganha uma legenda irônica da moça #chatiada. Alguns exemplos: “Designer de moda, às vezes modelo e fã de comida? Evidências claras de que Hafid é um verdadeiro hipster” e “o calor do verão não impede que o criativo Hafid explore novos lugares […]”.

O modelo contribui intensamente para o clima de zoeira do Tumblr, posando para fotos com o dedão do joinha, cruzando os braços e abusando dos autorretratos. Agora é ver se ele continuará tão desinibido quando descobrir tanta atenção voltada  as suas fotos. Estamos de olho, Hafid.


Site promete desmascarar quem nega usar (mas usa!) filtros do Instagram
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Flávio Carneiro

A popularização dos filtros de imagens do Instagram fez com que surgisse a hashtag “#nofilter”, para indicar que a imagem não possui filtros e está “pura”. Na realidade, ela quer dizer “minha vida é linda de verdade, não precisa de retoques, bjs recalcados”.

Porém, existem alguns filtros que só são percebidos por olhos muito atentos. Por isso, o site Filter Fakes promete desmascarar quem está “sambando na cara da sociedade”, mas na verdade está cheio de “rebocos”. Ele até permite que os usuários enviem fotos para serem analisadas.

O site parece ter sido criado por alguém realmente amargurado com os efeitos do aplicativo de fotos. Além de analisar as imagens alheias, a página ainda publica o que seriam flagrantes de internautas que usaram a hashtag em fotos que têm filtros.

O ódio é tamanho, que a página possui uma relação de filtros e qual o efeito que eles causam nas imagens. Aproveite o espaço para aprender a utilidade de efeitos como “Amaro”, “Mayfair”, “Rise” e “Hudson”.  O site não deixou passar nada.

Segundo o site "Filter Fakers", a foto à esquerda está pura. Já a da direita usa o efeito "Earlybird"

Segundo o site “Filter Fakers”, a foto à esquerda está pura. Já a da direita usa o efeito “Earlybird”

“Enlouqueça com os filtros do Instagram, mas, pelo menos, seja honesto sobre isso” é a sentença de morte da página para quem usa “#nofilter” e filtros na mesma foto.

Site Immersion exibe sua conta do Gmail como uma rede social (verdadeira)
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Juliana Carpanez

Ferramenta forma grupos com os contatos e cria links mostrando a relação entre essas pessoas

Eis aqui a verdadeira rede social: o Immersion. A ferramenta online analisa sua conta no Gmail e mostra (de verdade) as pessoas com as quais você mais se comunica. Também cria (de verdade) uma relação entre aqueles contatos: a turminha do trabalho ganha uma cor, enquanto os amigos pessoais são pintados de outra. Há ainda links dinâmicos, que se movem com o mouse, para mostrar a relação entre membros de cada grupo.

Tudo muito bem, tudo muito bom, mas você só entenderá mesmo quão in-crí-vel é esta ferramenta ao testá-la. Pode ir lá agora, a gente espera você voltar. 🙂

César Hidalgo, um dos responsáveis por esse projeto (de novo: in-crí-vel) do MIT (Massachusetts Institute of Technology), define: “É uma autorreflexão, numa época em que a maioria das pessoas usa ferramentas [na web] de autopromoção, que permitem uma quantidade exagerada de interação”. Ou seja: o Immersion revela a vida digital do usuário sem as maquiagens tão comuns nas redes sociais.

O projeto está baseado nos metadados (as informações sobre as informações; ou como, quando e quem produziu determinados dados na internet). “Sua vida está na web, seus dados, seu histórico. Isso fica escondido nos metadados, que não são acessíveis para você. O Immersion deixa você experimentar a vida que tem na web, visualizando seus metadados”, explica Hidalgo.

Ainda não testou? Então corre lá para ver a cara dos seus próprios metadados.


Quatro entre dez mulheres usam “Photoshop” em fotos publicadas no Facebook, diz estudo
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Ana Ikeda

Mulheres, seu segredo foi revelado: um estudo feito no Reino Unido aponta que quatro em dez usuárias de redes sociais como o Facebook dão um “tapa” em fotos com programas como o Photoshop antes de publicá-las.

Quase oito entre dez mulheres disseram que a possibilidade de ter uma foto publicada no Facebook, Twitter e Instagram faz com que fiquem mais ansiosas do que se tivessem que falar em público, ir ao primeiro encontro ou fazer uma entrevista de emprego.

Metade das entrevistadas também admitiu ter tirado a marcação, apagado ou removido fotos em que aparecem e são publicadas pelos amigos nas redes sociais.

A pesquisa, conduzida pela Dove com 500 mulheres, indica ainda que a pressão para parecerem bonitas na rede social é tanta que elas estão cada vez mais tímidas em relação a fotos digitais: nove entre dez delas disseram se sentir desconfortáveis quando são clicadas. Além disso, mais da metade delas alegou estar mais tímida agora para tirar fotos do que há dez anos.

Tanta preocupação com o resultado do clique da câmera acaba levando muitas mulheres a usar a “magia” do Photoshop para alterarem a própria aparência nas fotos e se sentirem mais confiantes, apontaram os pesquisadores.

Quem nunca…


Lá do Daily Mail.

Imagem: Getty Images.


Para viciados em Instagram: aplicativo Instagroup organiza contatos em listas temáticas
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Juliana Carpanez

Instagroup tem visual laranja e cinza, diferente do Instagram; app serve de complemento e pode funcionar paralelamente à rede social de fotos (no celular da reportagem, a convivência deles é pacífica)

A versão curta desta história é que o aplicativo Instagroup permite agrupar as contas que você segue no Instagram: amigos, pessoas do trabalho, famosos e bichos, por exemplo. Desenvolvido pela agência digital Alice Wonders, ele custa US$ 0,99 (cerca de R$ 2,25) e por enquanto só está disponível para aparelhos com sistema iOS, da Apple.

Agora a versão detalhada, que inclui o depoimento de uma viciada (oh, yeah) em Instagram. Logo que aderi à rede social, comecei a seguir perfis de amigos e também de gatos. Depois, vieram as celebridades, as comidas, os jovens endinheirados e a galera do fitness – não necessariamente nesta ordem.

Junte tudo isso e o que você tem é um feed alimentado por 713 perfis e uma timeline esquizofrênica, que muitas vezes não corresponde àquilo que você quer no momento. No domingo de manhã, por exemplo, me interessa muito mais o incentivo do pessoal do fitness do que incríveis pratos gordurosos postados na noite anterior. Já na espera do dentista, quero mesmo é saber o que as celebridades estão fazendo – no Instagram, essas informações estão muito mais atualizadas que a pilha velha de revistas.

Fora que, para o desespero de uma viciada, o feed do Instagram tem um limite de fotos. Ele exibe cerca de 160 imagens (sim, eu contei), fazendo com que você perca muito conteúdo se usar o programa apenas uma ou duas vezes por dia (inclua aqui seu comentário sarcástico sobre o sofrimento da classe média instagramiana).

É aí que entra o Instagroup. Fácil de usar, ele funciona paralelamente ao seu Instagram original e permite organizar os perfis de acordo com os assuntos criados por você. Assim, quando acesso “fitness” no domingo de manhã, dificilmente vou me deparar com aquela foto de pizza postada sábado à noite.

Usuário separa os perfis de acordo com o tema; um único perfil pode aparecer em diversos grupos. Acima, seleção para a lista de famosos (esquerda; a marombeira ficou de fora) e marombeiros (dir)

Ele também exibe um número limitado de atualizações, como o feed do Instagram, mas a divisão por assuntos permite que você veja muuuitas fotos de famosos de uma única vez. Ou muuuitos gatos fofos. Ou muuuuuitas mensagens otimistas dos marombeiros. Quando quero a esquizofrenia do meu feed, tenho a opção de acessar o Instagram original e ver todos esses assuntos juntos e misturados.

Como nada é perfeito, nem no mundo fotográfico do Instagram, o Instagroup tem alguns problemas – todos ainda dentro da categoria #classemediasofre.

Ele não rodas vídeos, não é possível dar dois cliques na foto para curti-la e, nos testes da reportagem, não excluiu alguém que foi deletado do Instagram original. Também é necessário esperar alguns segundos até ele começar a exibir o conteúdo de cada grupo e, nos testes, não permitiu trocar o nome das listas. Nada, no entanto, que prejudique a vida do usuário – palavra de uma viciada.

Veja Álbum de fotos


No Facebook, página “Lacan caminhoneiro” leva frases do psicanalista francês a para-choques
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Ana Ikeda

Em vez de frases como “Não sou detetive, mas só ando na pista” e “Casei com a Maria, mas viajo só com Mercedez”, os para-choques de caminhão ganharam – ao menos no Facebook – uma versão bem mais enigmática. A página “Lacan Caminhoneiro”, além de homenagear o psicanalista francês, leva seus dizeres sagazes (conhecidos como axiomas) ao lugar consagrado pelos motoristas brasileiros para destacar frases “de efeito”.

Com quase 3.000 fãs no Facebook, o “alterego” de Jacques-Marie Émile Lacan (1901-1981) foi criado por Denise Mamede e Rafael Dorado, namorados e “aspirantes” a psicanalistas brasileiros, como eles mesmos se definem. As citações logo foram parar no Facebook em montagens feitas por ela e selecionadas com ajuda do namorado.

A invenção bizarra do casal tem sido bem recebida na rede social. “Algumas pessoas até riem, algumas escrevem elogiando a ideia. E outras pessoas não entendem muito bem o que ele está fazendo dirigindo caminhão.”

Veja abaixo o bate-papo por e-mail com a criadora de “Lacan caminhoneiro”: 

Gigablog – Como surgiu a ideia de criar a página no Facebook?

Denise – Foi uma construção de ideias. Um dia, começamos a pensar em uma questão – você sabe, psicanalistas não tem dúvidas ou problemas, tem questões. A questão era justamente o uso desenfreado desses jargões, os famosos axiomas. Porque o inconsciente é estruturado como uma linguagem, não é?

Daí alguém disse: “Parecem aquelas frases de para-choque” e, por algum tipo de lógica, veio em seguida: “Lacan Caminhoneiro”… deve ser a lógica do significante [risos].

Gigablog – Por que Lacan, e não Jung ou mesmo Freud? E por que caminhoneiro?

Denise – Bem, Jung não é muito nossa caixa de areia… Para Freud temos outros planos, em breve ele estará por aí. Ele é mais moderno, mais arrojado. Hahaha… Não é por isso, não. É porque estamos sempre em contato com a teoria e conversamos muito sobre isso. Caminhoneiro para a gente é o que dá o efeito de chiste, já que sabemos que ele era um francês todo cheio de pompa.

Gigablog – Vocês se dividem nas postagens? Como é o processo de “criação” das imagens?

Denise – Na verdade não nos dividimos. Eu (Denise) sou quem faço as montagens e as postagens, o Rafael ajuda mais na escolha das frases. A montagem é toda feita no Paint mesmo, o que dá um charme. Gosto de postar também leituras interessantes, para que a página vá além da crítica ou do riso.

Gigablog – Há mais críticas ou elogios à página? Os seguidores entendem a brincadeira ou querem mesmo é começar uma discussão filosófica?

Denise – São mais elogios! Algumas pessoas até riem, algumas escrevem elogiando a ideia, outras pessoas não entendem muito bem o que o ele está fazendo dirigindo caminhão. A filosofia fica um pouco de lado.

Gigablog – Qual foi a reação mais engraçada que vocês viram nos comentários até hoje?

Denise – Têm muitas coisas engraçadas, as mais são do tipo: “Ah, fala sério, isso é montagem.”

E essa: “Lacan também foi um gênio da psicanálise.”

Gigablog – A página já tem quase 3.000 “curtidas”. Esperava essa repercussão em tão pouco tempo?

Denise – Não pensamos muito sobre isso. Achamos que os amigos iam curtir pelo fato de serem nossos amigos. Mas o real responde ao acaso.

Gigablog – O que o “Lacan Caminhoneiro” diria sobre o atual momento de protestos no Brasil?

Denise – O Outro acordou [risos]. Não, não… A gente acha que ele diria “O que cai sob o golpe do recalque retorna, pois o recalque e o retorno do recalcado são apenas o direito e o avesso de uma mesma coisa.” 

Gigablog – E o que Lacan diria sobre seu “alter ego” caminhoneiro?

Denise – Siga bem, caminhoneiro! Pois o desejo é a sua interpretação.

Lá do Facebook.

Imagem: Reprodução.


No YouTube, montagens em vídeo criam os combates mais inacreditáveis entre personagens famosos
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Guilherme Tagiaroli

Confrontos de personagens como Yoda (do Star Wars) versus Spock (do Star Trek) ou Pai Mei (do filme “Kill Bill”) versus Sr. Miyagi (“Karatê Kid”) são praticamente inviáveis no “mundo real”. Para isso, existe o site Renegados Cast que promove um duelo feito por meio de edição de imagens entre personagens equivalentes e que provavelmente ninguém ainda teve coragem de fazer.

Chamado de URC (sim, é uma referência ao torneio ao UFC), a pancadaria em vídeo é o destaque do estande do Renegados Cast no YouPix Festival. Eles concorrem ao Content Talent, prêmio do evento que vai tornar mais famosa alguma iniciativa feita na internet. Pode ser um canal do YouTube, site ou um podcast.

No caso o Renegados Cast, além de produzir podcasts sobre filmes e elementos da cultura nerd, eles mantêm um site onde postam vídeos com os duelos. Funciona da seguinte forma: os internautas sugerem alguma batalha, eles criam um vídeo reunindo as características de cada um e uma montagem desses personagens baseada em filmes.

Por ser um confronto improvável, a vitória rola “no grito”: eles montam uma enquete e quem for mais votado ganha. O resultado sempre sai na próxima edição do vídeo, que tem frequência quinzenal.

Por mais que não seja possível saber quem ganharia na “vida real”, vale para saber qual personagem ou personalidade tem mais fãs.

Lá do YouPix.

Imagem: Reprodução.


Em evento de cultura de internet, “jogos analógicos” são os que mais chamam a atenção
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Guilherme Tagiaroli

O YouPix Festival se define como o evento em que reúne a internet, só que fora da internet. No entanto, os destaques da área de jogos são nada (ou pouco) relacionados com o mundo virtual. São eles: o pebolim e o Angry Birds da vida real (com direito a estilingada de passarinhos nos porcos — ambos de pelúcia, viu Peta?). Em todos eles havia fila, diferente dos videogames e dos joguinhos de dança.

Participantes do YouPix jogam pebolim, enquanto alguns esperam a próxima vez

No pebolim, tinha uma dupla que não largava o osso: Guilherme Neves, 23, e Dalton Ribeiro, 23. Eles dizem ter ganhado 15 partidas seguidas e perdido apenas uma (o blogueiro só presenciou três).  “É a única coisa em que sou bom”, brincou Neves. Já Ribeiro, disse que, apesar do status do YouPix, o papel da internet nisso tudo é servir de plataforma para encontrar as pessoas na vida real.

Porquinhos de pelúcia do Angry Birds são alvo em jogo ”analógico” no YouPix

O Angry Birds da vida real, apesar de ser bem parecido com a versão virtual, é um grande balde de água fria para quem se acha bom no jogo. Só o tempo que leva para ajeitar o pássaro no estilingue, um jogador mediano já passou umas duas fases no game.

Um dos que se arriscaram na versão da vida real foi Afonso Pereira, 24. Após quatro tentativas de derrubar os porquinhos, ele conseguiu a louvável marca de quatro estilingadas para longe dos bichos.

“Meu negócio é Star Wars. Não jogo muito isso”, se justificou. Beleza, Afonso, a gente acredita em você.

Afonso Pereira, 24, joga ”Angry Birds da vida real”

Lá do YouPix.

Imagens: Guilherme Tagiaroli/UOL.


Dança do Neymar fez nosso vídeo bombar no YouTube, dizem funkeiros do grupo Lelek
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Guilherme Tagiaroli

Anualmente, a internet brasileira torna famoso algum grupo de funk e ela não quer nem saber o quanto você não gosta (ou adora) o gênero musical. Há uns anos atrás, uma das sensações era Vitinho com o funk “Sou f…”. Em 2013, que ainda nem acabou, a revelação até o momento é o “Ah, lelek, lek, lek, lek, lek, lek…”.

Jean (à esq.) e Renan (), os Leleks, dizem que a vida do grupo de funk mudou quando Neymar comemorou um gol com a coreografia da música

Eles foram os responsáveis por abrir os trabalhos no palco principal do YouPix Festival, evento de cultura de internet realizado anualmente em São Paulo, em entrevista concedida a Maurício Cid, do site de humor Não Salvo.

Apesar do atual sucesso, o grupo começou em uma comunidade do Niterói (RJ) com um vídeo  (bem tosco). Postaram no YouTube e explodiu. “Antes disso, a gente costumava fazer apresentações em festas de aniversário de 15 anos”, disse Renan, um dos Leleks.

No mundo do funk, eles ficaram conhecidos em meados de janeiro de 2013. Na época conseguiram uma boa visualização. Segundo eles, o vídeo do “Passinho do Volante” (sim, é esse o nome da música) já somava 11 milhões.

[uolmais type=”video” ]http://mais.uol.com.br/view/14387284[/uolmais]

A vida deles mudou quando o jogador Neymar comemorou um gol com a coreografia da música. “O vídeo já era famoso, mas depois que ele dançou a quantidade de visualizações subiu para 40 milhões”, explicou Renan.

Depois disso, não teve jeito: apareceram em dezenas de programas de TV que tentam “decifrar” fenômenos da internet, influenciaram a moda dos óculos de aro grande (sem lente, de preferência) e, recentemente, até licenciaram a música para uma propaganda da Mercedes.

Como todo fenômeno, o próximo passo do grupo é emplacar um novo sucesso para continuar a ser relevante. A próxima música de trabalho é “QQ isso Lelek”.

Durante a conversa, porém, Cid lembrou o problema que o “sucesso” acaba trazendo. “A filmagem acaba ficando muito produzida, muito profissional. Perde aquela inocência marota, aquela pegada moleque”. Esperemos…

Cid (centro), do blog ‘Não Salvo’, entrevista os Leleks no YouPix 2013

Lá do YouPix.

Imagens: Guilherme Tagiaroli/UOL.


Homem que vazou iPhone 4 antes de lançamento se diz arrependido e revela detalhes da saga
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Guilherme Tagiaroli

Foto de 2010 mostra  Brian Hogan; ele achou um protótipo do iPhone 4 em um bar e vazou para um blog

Há três anos, a Apple estava prestes a lançar o iPhone 4. Como é de praxe, surgiram centenas de rumores e imagens do suposto aparelho. Porém, em meio a uma série de boatos, eis que a versão americana do blog “Gizmodo” divulgou vários detalhes (corretos) sobre o aparelho dois meses antes do lançamento. Eles só conseguiram isso graças a Brian Hogan, um jovem americano que achou o telefone em um bar em 2010. Recentemente, ele escreveu um post no site Reddit (em inglês) dando detalhes sobre o caso e expressando arrependimento pelas decisões que tomou.

Brian Hogan posa para foto com o nome de seu usuário no site americano Reddit

Brian Hogan posa para foto com o nome de seu usuário no site americano Reddit

Hogan achou um protótipo do iPhone 4 em um bar. Ele tentou contatar a Apple, mas não teve sucesso. Então, ofereceu o aparelho para o site “Gizmodo”, que pagou US$ 5.000 pelo protótipo. A Apple acionou a polícia, investigou o caso, pegou de volta o aparelho com um editor do “Gizmodo” e Hogan foi processado por apropriação ilegal de propriedade perdida. Ele teve de pagar uma multa e fazer serviços comunitários.

Seguem abaixo alguns trechos da longa sessão de perguntas de internautas, a qual foi submetido:

Desconfiança de que era um aparelho legítimo

“Primeiro, reparei na tela de bloqueio que tinha uma resolução muito maior que a de qualquer iPhone.  A capa que o cobria tinha pedaços de plástico e botões em lugares estranhos. Quando eu removi o case, vi um iPhone com a parte traseira e as bordas planas, além de uma câmera frontal. Havia dois adesivos de código de barra na parte traseira e um monte de X em vez do número serial. Estava muito curioso e feliz nesta hora, mas não tinha ideia do que era aquilo.”

Assédio por parte da imprensa

“Foi muito duro para minha família. Havia vans em frente à minha casa e tivemos de ficar em um hotel por uma semana até que eles saíssem. Meu nome ficou conhecido na mídia porque minha namorada na época fez um post no Facebook sobre o assunto. Eu havia pedido a ela que apagasse. Porém, a imprensa conseguiu localizá-la e ela não soube lidar com todo o estresse”.

Reprodução/Gizmodo

Imagem disponibilizada pelo blog Gizmodo antes do lançamento do iPhone em 2010. À esquerda, o iPhone 4 vazado por Hogan. À direita, o iPhone 3GS

Itens pessoais continuam confiscados

Ao ser perguntado sobre o contato que teve com a polícia, respondeu. “Eu falei diretamente com o detetive responsável e alguns policiais uma única vez. Depois disso, todos os contatos foram feitos com meu advogado. Eles confiscaram todas as minhas coisas e nunca devolveram minha câmera Canon semiprofissional. Eram policiais pagos pelo governo, mas faziam parte de uma força-tarefa especial de crimes relacionados à tecnologia.”

O quanto ele tentou contatar a Apple

“A ligação para a companhia tinha como objetivo devolver o aparelho a eles. Porém, a pessoa do outro lado da linha não sabia que havia um protótipo de iPhone perdido. Eu me apressei com aquela parte da história [de oferecer o aparelho ao Gizmodo US], mas a Apple foi meu primeiro contato.”

Sentimento de culpa

Ao ser perguntado por que ele se sente culpado, mesmo após ter tentado procurar a Apple, ele disse: “Eu não consigo explicar a culpa que senti. Eu sabia que não tinha feito nada de mau, mas a repercussão da mídia foi muito desagradável. Ao conversar com outras pessoas sobre o assunto, percebi que isso [a cobertura] não tinha sentido”.

O que aprendeu com o caso

“Me ensinou a admitir meus erros e me deu um empurrão para direcionar minha vida. Me fez querer levar mais a sério a escola e me deu mais motivação para conseguir um emprego e investir no meu futuro.”

Alguma companhia se interessou em comprar o aparelho?

“Eu não tive nenhum benefício por achar este telefone. Quase tudo foi negativo, exceto ter participado de uma história legal. Parte do motivo que me fez pensar que eu estava agindo certo foi que um conhecido de minha namorada, que trabalha no Facebook, disse que havia departamentos inteiros de empresas, como a Samsung, que queriam ter informações como esta [que eu vazei].”


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Lá do Reddit via Huffington Post

Imagens: Reprodução/Wired, Reprodução/Reddit e Reprodução/Gizmodo.com


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