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Em evento para desenvolvedores, empresário conta como criou aplicativo para chamar taxi

Guilherme Tagiaroli

Tallis Gomes, diretor-executivo e cofundador da EasyTaxi, fala durante o Short Stories Live

Poucas áreas sofreram a recente transformação tecnológica sofrida pelo ramo de taxis.  Essas mudanças foram causadas pela proliferação de aplicativos que permitem com poucos toques no smartphone chamar por um veículo. Um dos primeiros a se arriscar  foi Tallis Gomes, diretor-executivo da Easy Taxi, empresa desenvolvedora do software para smartphones de mesmo nome.

O empresário, que foi um dos participantes do Short Stories Live (evento que reúne experiências de desenvolvedores na criação de aplicativos), contou sobre as dificuldades que teve em iniciar sua companhia.

A ideia do aplicativo começou com um “fracasso”. Ao participar do Startup Weekend em 2011, Gomes queria fazer um programa para celular que mostrasse a localização dos ônibus na cidade do Rio de Janeiro.  Após achar a ideia sensacional, ele descobriu que o Google trabalhava com a mesma ideia na época.

Tela do aplicativo Easy Taxi para iPhone

Ao deixar o primeiro dia do evento, Gomes pediu um táxi e reparou na “grande dificuldade” que havia em pedir uma unidade para o local. Com isso, ele teve ideia de criar um programa para smartphone que utiliza a localização do aparelho para solicitar a unidade de taxi mais próxima. Essa ideia acabou originando o Easy Taxi. A aplicação acabou vencendo o desafio de “materializar” uma ideia num fim de semana.

A inovação do aplicativo foi facilitar a vida do usuário de taxi (além de pedir a unidade pelo telefone, é possível também ver o caminho feito pelo motorista) e do motorista, que fica mais independente de pagar por um ponto ou pela licença de uma rádio-taxi.

De 2011 para cá, a empresa cresceu graças à junção de vários fatores, dentre eles a popularização de smartphones e a expansão da cobertura de sinal de internet móvel (sim, caros, a coisa já foi pior). “No início, chegamos até a comprar aparelhos para os taxistas”, disse Gomes durante palestra no Short Stories Live.

O dinheiro da empresa vem de investimentos (recentemente, a companhia recebeu um aporte de R$ 35 milhões) e de um valor (R$ 2) que os taxistas devem pagar pelas corridas angariadas pelo aplicativo.

Com mais de 1,5 milhão de downloads e atuando em diversos países, a Easy Taxi atualmente tem o desafio de se diferenciar da concorrência (pesada) de outros aplicativos como: 99 taxis (que, por enquanto, não cobra nada dos taxistas), SaferTaxi (que oferece Wi-Fi durante a viagem), entre outros.



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Lá do Short Stories Live

Imagens: Guilherme Tagiaroli/UOL e Reprodução