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Criador da Comic Sans explica origem da fonte mais polêmica do mundo

Juliana Carpanez

A Comic Sans é uma fonte tipográfica (letra de computador) bastante polêmica entre os designers – para não dizer odiada. Com jeitão descontraído e desengonçado, está para a escrita digital assim como o tiozão do pavê está para festas (aquele do “é pavê ou pá comê?”) . Tanto que um casal de designers gráficos criou um site, chamado Ban Comic Sans, que propõe o banimento dessa “praga dos nossos tempos”.

Diante da provocação, o “Huffington Post” entrevistou Vincent Connare, o pai da criança. Ele mesmo a define como “a fonte mais odiada e amada de todo o mundo” e garante que ela está em todos os lugares do mundo. Até em um álbum oficial de fotos do Vaticano e no menu do único restaurante em uma cidadezinha ao sul da França, exemplifica.

Connare é tipógrafo e trabalhava na Microsoft, em 1993, quando pediram sua contribuição para criar novas fontes. “Ao colocar o CD [no computador], um cachorrinho apareceu. Ele tinha um balão de falas como o das tirinhas de jornal, mas a fonte era a Times New Roman”, lembrou. “Eu pensei que aquilo era estúpido, porque cachorros não falam daquela forma. Então achei que ficaria melhor se [a letra] tivesse o estilo dos quadrinhos.”

Com essa ideia, ele começou a desenvolver uma nova fonte no computador e, três dias depois, estava criada a Comic Sans.

A fonte teve sua estreia no Windows 95, quando teve origem o movimento viral descrito de forma nada simpática por Holly e Dave Combs, criadores do site contra a fonte. Foi o ódio à fonte, inclusive, o responsável por unir o casal. E disso, além da própria criação da Comics San, Connare se orgulha.

Lá do Huffington Post