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Desenvolvedora descobre que seu antivírus foi pirateado 774 mil vezes em 200 países

Rodrigo Vitulli

Quem tem o mínimo de conhecimento de computadores sabe que usar a licença de um produto adquirido ilegalmente é considerado um crime. Mesmo assim, no Brasil, estima-se que 50% dos softwares são “piratas”. Até onde isso pode chegar?

A empresa desenvolvedora do antivírus Avast resolveu investigar e descobriu que uma só licença (um único código que habilita o produto que não é gratuito), que dá o direito de desfrutar do software a apenas um comprador, foi utilizado por, no mínimo, 774 mil usuários.

A empresa também descobriu que, ao longo de um ano e meio, pessoas em mais de 200 países instalaram o software com a licença ilegal. Por meio de rastreamento, foi possível descobrir a fonte distribuidora, ou seja, quem adquiriu o programa original pela primeira vez: dois compradores do Vaticano (poxa, logo lá :-().

Como medida para conter o avanço da pirataria, a desenvolvedora Avast (o software tem o mesmo nome) começou a exibir mensagens oferecendo alternativas aos usuários. Eles podem optar por versões gratuitas do antivírus ou adquirir uma licença válida. Apesar de “algumas conversões” de usuários que optaram pela legalidade, o número da pirataria é alarmante.

Lá do Gizmodo
Imagem:
Getty Images

  1. Conrado

    07/12/2010 13:18:17

    Aposto que foi o PAPA Bento XVI q comprou i Avast e distribuiu o serialEntre seus fiéis...

  2. Vinicius Tavora

    07/12/2010 12:38:53

    Mas isto é um problema da própria Avast, pois onde já se viu não haver validação da licença no momento da inserção da mesma?Pois não é possível que 774mil pessoas ao redor do mundo nunca utilizavam o PC ao mesmo tempo...Eles que propiciaram o software ser utilizado por estas 774 mil pessoas...Por exemplo Kaspersky tem uma verificação rígida das licenças, onde apenas aquela quantidade de usuários que foi adquirida a licença podem utilizar o software ativado ao mesmo tempo.

  3. Rodrigo Rocco

    07/12/2010 12:01:03

    Essa história de rastrear quem comprou o produto original com aquele código de licensça pela primeira vez nem sempre dá certo. Com tantos programas do tipo "key gen", ou "key generator" (que são capazes de gerar aleatoriamente chaves de licença válidas), é capaz de um comprador legítimo pagar o pato sem ter nada a ver com a história. Eu mesmo comprei há poucos anos um software original, com nota fiscal, em caixa lacrada com o código da licença dentro do manual e tudo mais, mas quando fui tentar validar para utilizar os recursos online dele deu a mensagem de que aquela chave já estava sendo usada por outro usuário.

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