Guardar o celular no bolso ou usá-lo normalmente pode reduzir qualidade do esperma, diz estudo
Guilherme Tagiaroli
Depois da história que usar notebooks sobre as pernas causa esterilidade, um estudo recente indica que ocorre algo parecido com o uso de celulares. De acordo com uma pesquisa italiana da Universidade de Catania, a radiação eletromagnética emitida pelos telefones móveis ajuda a reduzir a quantidade e a qualidade de esperma no homem.
O interessante do estudo é que ele analisou homens não-fumantes, que foram expostos à radiação de celular, e pessoas que têm o costume de guardar o telefone no bolso da frente da calça com outras que não têm esse hábito.
A conclusão geral é que pessoas que têm contato com radiação eletromagnética (tanto os não-fumantes como quem usa celular no bolso) apresentaram redução de concentração, motilidade (habilidade do esperma ir até o óvulo), qualidade de morfologia (tamanho e forma) e viabilidade do esperma.
Apesar de não estar claro para os cientistas como as radiações eletromagnéticas afetam a fertilidade masculina, uma teoria que geralmente é aceita sobre o assunto é que o aparelho, quando está no bolso por muito tempo, esquenta e danifica o esperma que está no escroto – o esperma precisa ficar a uma temperatura menor que a do corpo.
Outra teoria sobre o assunto é que a radiação do aparelho, quando entra em contato com o corpo, afeta o funcionamento de alguns órgãos, resultando em espermas anômalos.
Os cientistas só esqueceram de incluir na pesquisa em quais lugares, então, os homens devem guardar seus celulares ou como usá-los sem perder a perspectiva de reprodução.
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Imagem: Getty Images