“Parem de flertar com a sodomia”: religiosos russos criam campanha contra Facebook
Edgard Matsuki
Ativistas russos da igreja ortodoxa organizaram uma campanha para que o Facebook seja banido do país. De acordo com a comunidade ortodoxa da cidade de Saratov (sul da Rússia), a rede social está “flertando com sodomistas” ao criar o ícone que permite o “casamento” entre pessoas do mesmo sexo no site.
A confusão começou no início do mês de julho. Após o Facebook lançar o ícone que permite mostrar relações entre pessoas do mesmo sexo, o grupo pediu para o escritório da rede social no país que o botão fosse retirado em 24 horas. No documento, o grupo ameaçava entrar na justiça contra todos os provedores de internet que não restringissem o acesso à rede social.
Como o “ultimato” foi ignorado pelo Facebook, os ortodoxos de Saratov decidiram ampliar a campanha para outras regiões do país. O principal argumento dos grupos é de que o Facebook estaria promovendo propaganda gay para menores no país. A prática é proibida na Rússia.
De acordo com o site “RT” (da Rússia), o grupo conseguiu 34 mil assinaturas contra o “botão gay” da rede social nos três primeiros dias de campanha. O objetivo do grupo é coletar 1 milhão de assinaturas de grupos religiosos católicos, muçulmanos, judeus e, claro, ortodoxos. Se chegar ao objetivo, o grupo pode pedir oficialmente a proibição da rede social no país.
O porta-voz do movimento Vladimir Roslyakovsky acredita que a retirada do Facebook do país será um bem para a Rússia: ''O Facebook já afetou um grande número de jovens inexperientes e não está claro o que eles vão ser quando crescerem”, disse Roslyakovsky ao “RT”.
Ele acredita que o uso de redes sociais pode atender a interesses americanos: ''O objetivo dos EUA é que os russos parem de ter filhos. Querem que a grande nação se transforme em uma Sodoma e Gomorra'', afirmou Vladimir Roslyakovsky. Vale lembrar que 75% dos russos são declarados ortodoxos.