Samsung Galaxy S II inaugura era de supersmartphones no Brasil; conheça
Ana Ikeda
Quem usa um smartphone sabe que, uma vez ultrapassada essa linha evolutiva do celular básico para o inteligente, não há volta. Quer ler notícias? Use o smartphone. Mandar um e-mail? Assistir a um vídeo? Jogar? Acessar todas as redes sociais possíveis e inimagináveis? Tirar fotos, gravar vídeos, traduzir uma palavra, distrair as crianças? Dá até para espantar pernilongo (bom, você pode tentar :D). Captada a mensagem, leitor, desaponta-lo-ei: saiba que até mesmo os smartphones já são coisa do passado. Porque vêm aí os SUPERSMARTPHONES.
O mais novo deles aqui no Brasil é o Samsung Galaxy S II. Sim, um amor de aparelho. Além de bonito (fator “Brad Pitt” é sim relevante… leia o review do Xperia Arc e entenda essa sensação), ele é (muito) potente. Rápido, rapidísimo. Top top top. O processador, desenvolvido pela própria Samsung, é dual core, com 1.2 Ghz. Como usuária de um iPhone 4, que leva o A4 de 1Ghz, núcleo simples, notei a diferença logo de cara, principalmente no uso dos aplicativos, rolagem das páginas, downloads… É muito difícil medir exatamente a diferença entre os aparelhos, mas a sensação ao usar o supersmartphone é que contou.
Além do processador melhor, o celular traz outros recursos que o jogam bem à frente dos concorrentes. É levíssimo (116 gramas). Tem um latifúndio de tela de 4.3 polegadas… que usa o megarresistente Gorilla Glass. É fininho (8,49 milímetros). Tem câmera traseira de 8 megapixels; frontal de 2 megapixels. E nem comecei a falar do recheio, só da casquinha.
Por dentro, o Galaxy S II traz todas as vantagens de um celular Android. No caso, o Gingerbread (versão 2.3): facilidade de personalização de telas e transferência de arquivos (chora, iTunes!), além de uma loja de aplicativos que não deixa a desejar (eu, pelo menos, não senti falta de nenhum app da Apple Store). Fora os aplicativos nativos, mega caprichados… agregador social, editor de vídeos, de fotos… player de vídeos excelente. Sem contar que o aparelho faz vídeos em Full HD (1080p). Ca-ra-ca.
Precisar, não precisa
Até aqui, você deve estar impressionadíssimo (creio eu). A pergunta que vem a seguir é: mas você precisa MESMO de um super smartphone da vida?
Apesar de muito rápido, o aparelho sofre com limitações externas a ele. Com seis dispositivos “pendurados” aqui na minha rede Wi-Fi, o Galaxy S II sofreu para abrir páginas de internet e apps de redes sociais. Por que ter um baita celular inteligente sem ter uma baita conexão? É o mesmo que ocorre com meu iPhone 4 ligado em 3G… às vezes, parece “conexão a manivela”. Aliás, o Galaxy S II tem suporte a rede 4G (20 Mbps, frente ao 1 Mbps do 3G). Mas cadê a rede 4G no Brasil? Cri-cri-cri…
Em termos de preço, outra decepção (pelo menos, para quem acha que 2 paus é grana a ser gasta moderamente): sem planos de operadora, o Galaxy S II custa R$ 1.999. Com R$ 500 a menos, você compraria um smartphone mais simples, ainda caro, que possivelmente deixaria você felizão e satisfeito.
Gravar vídeos em Full HD é bacana, sim, mas principalmente para vê-los fora do celular. Mas o Galaxy S II vem com cabo para ligá-lo na sua TV tela plana? Não. Ele existe, mas você deve comprar separadamente. Não é uma desvantagem grave, mas já que é para ser top…
Tudo isso, leitor, para dizer que os super smartphones são muito bacanas, são excelentes, são aquilo que você sonhou em termos de celular inteligente. Mas eles têm um público alvo definido, de consumidores superexigentes — um público que ainda não representa a maioria de nós e, talvez, não seja você.
Leia mais:
Detalhes técnicos: Samsung Galaxy S II é o novo Rei dos smartphones
‘Supersmartphone’ da Samsung começa a ser vendido no Brasil por R$ 1.999