Blog do UOL Tecnologia

Arquivo : comportamento em tecnologia

Manifesto que só pode ser lido off-line discute atenção na web
Comentários Comente

Márcio Padrão

Essa notícia é um paradoxo. Ela fala sobre a importância de estarmos desconectarmos da internet para darmos mais atenção a conteúdos importantes e profundos para nosso conhecimento. Mas você só está lendo isso agora porque acessou a internet, não é?

Esse mesmo paradoxo é a matéria-prima do manifesto criado por Chris Bolin, engenheiro de software da Formidable, empresa de Seattle (EUA). Bolin criou uma página de internet cujo conteúdo só pode ser lido offline –ou seja, você tem que desconectar sua internet no PC ou celular e só assim a página mostrará o texto.

O que ele diz no texto? Basicamente que as notificações de aplicativos minam noss foco e atenção o tempo todo, mas o verdadeiro dispersor está na sua mente. O usuário é quem deve aprender a focar no que é importante, e para conseguir isso, passar algum tempo off-line no seu dia fará diferença.

Mesmo que você possa usufruir de um conteúdo interessante que acessou com uma conexão de dados, você poderá aproveitá-lo melhor sem as distrações a que se submete quando se está conectado, como as notificações, links relacionados ou simplesmente seu vício em pesquisar coisas aleatórias no Google ou saber as últimas dos seus amigos no Facebook.

É sem dúvida uma discussão interessante, ainda mais que alguns bons apps já oferecem vida offline, como o recurso do Netflix e do Spotify de armazenar filmes e músicas na memória, ou o Pocket, app que permite salvar textos da web de forma off-line para ler depois com calma.

Se você ainda não está pronto para desligar sua internet por dois minutos, a gente te ajuda: Veja abaixo o manifesto de Chris Bolin.

“2017. 2 minutos de leitura.

Você quer ser produtivo? Basta desligar, pois manter uma conexão constante com a internet é manter uma conexão constante com interrupções, tanto externas como internas.

As interrupções externas são uma legião e bem documentadas: você tem uma nova mensagem no Gmail, Slack, Twitter, Facebook, Instagram, Snapchat, LinkedIn. Amigos, familiares, colegas de trabalho e spammers: cada um tem acesso direto à sua preciosa atenção.

Mas são as distrações internas verdadeiramente perniciosas. Você pode silenciar as notificações do Twitter e sair do Slack, mas como você impede sua própria mente de descarrilar você? Passei horas capturadas em teias da minha própria curiosidade. O mais perigoso é o capricho dividido, a propósito do nada: “Eu me pergunto qual é o segundo idioma mais falado?” Aqueles 500 milisegundos poderiam mudar seu dia, porque nunca é apenas uma pesquisa no Google, apenas um artigo da Wikipédia. A desconexão da internet faz um curto-circuito desses caprichos, permitindo que você se mova sem embaraços. (É o espanhol, por sinal).

Esta página em si é um experimento nesta veia: e se certo conteúdo nos obrigasse a desconectar? E se os leitores tivessem acesso a essa gloriosa atenção que faz devorar um romance por horas de uma forma tão gratificante? E se os criadores pudessem emparelhar isso com o poder dos aparelhos modernos? Nossos telefones e laptops são incríveis plataformas para novos conteúdos – se apenas pudéssemos aproveitar nossa própria atenção.

O conteúdo off-line apenas obrigaria os criadores a pensar de forma diferente. Olhe para esta página: não há um único link, nenhuma oferta de nota de rodapé para distrair os leitores. Quantos bons artigos você deixou a metade da leitura porque você caçou um cintilante link sublinhado? Quando você está offline, aqui é o único lugar que você pode estar.

Eu já posso ouvir os gemidos: “Mas eu tenho que estar online para o meu trabalho.” Eu não ligo. Crie tempo. Aposto que o que o torna valioso não é a sua capacidade para o Google, mas a sua capacidade de sintetizar informações. Faça suas pesquisas on-line, mas crie off-line.

Agora volte para sua internet acessada regularmente. Apenas lembre-se de se dar um presente ocasional de desconexão.

❤️ Chris”


WhatsApp testa stickers, filtros para fotos e resposta rápida
Comentários Comente

Fabiana Uchinaka

Preparados para mais novidades que estão sendo testadas pelo WhatsApp? Pelo menos três itens devem receber atualizações: fotos, GIFs e resposta.

A atualização mais bacana parece ser esta: adicionar filtros às suas fotos, como já acontece em aplicativos concorrentes do mensageiro do Facebook.

Os stickers no WhatsApp estão vindo

Segundo o perfil @WABetaInfo, que antecipa no Twitter testes feitos no aplicativo, antes mesmo de eles entrarem na versão beta, os filtros também poderão ser adicionados aos vídeos e GIFs.

A parte de GIFs será “completamente redesenhada”, de acordo com a fonte, e as imagens poderão ser estreladas. Os stickers também devem voltar e receber uma área especialmente para eles.

Gifs também são novidade

Quem usa o sistema iOS, da Apple, também deve receber em breve uma nova configuração dos contatos, abaixo do Status, e o recurso de “resposta rápida”.

Com ele, em vez de colocar o dedo em cima da mensagem e segurar até que apareça a opção “responder”, o usuário só precisará deslizar o dedo para a direita, por cima da mensagem a ser respondida. Veja como, no vídeo abaixo:

Recentemente, o @WABetaInfo também contou que WhatsApp já testa o botão para desfazer o envio, uma ferramenta para ver a localização dos amigos em tempo real e a possibilidade de favoritar conversas no topo com a função ”pin”, que deixaria os chats que você escolheu fixados no topo do aplicativo.

Curtiu? Agora é torcer para os recursos virarem realidade logo.


“Catfish”: reality show revela a verdade (ou a mentira) sobre os namoros pela internet
Comentários Comente

Guilherme Tagiaroli

O americano Nev Schulman se apaixonou por uma mulher pelo Facebook chamada Meagan. Seu irmão quis gravar o encontro real com a moça, o que originou o documentário “Catfish”. O resultado da reunião não poderia ser outro: Megan era na verdade Angela, uma mulher de 40 anos que usava fotos de uma moça mais jovem na internet. O documentário teve grande repercussão nos Estados Unidos (inclusive negativa, pois um monte de gente considera a história pouco verídica) e acabou originando o programa “Catfish, a série”, exibida no Brasil pela MTV.

Nev Schulman (e) e Max Joseph (d), apresentadores do “Catfish”, posam para foto durante evento da MTV nos Estados Unidos

O reality show, gravado nos Estados Unidos, recebe histórias de pessoas que mantêm relacionamentos online e querem ter um encontro real com os “namorados virtuais” pela primeira vez.

O problema é que na maioria dos doze episódios da primeira temporada o resultado não foi bom para os solicitantes. Sempre há mentira por parte dos parceiros virtuais: de fotos enviadas a outras informações pessoais como o estado civil ou o sexo (em um dos episódios, há uma mulher que finge ser um homem travestido de mulher!).

O que chama a atenção no reality são as “técnicas” de Nev e Max Joseph, os “apresentadores do reality”, para investigarem se um perfil é falso ou não. Não há nada de muito novo, mas elas quase sempre funcionam, pois as vítimas acabam se envolvendo de verdade e não se preocupam em saber se determinada pessoa está se passando por outra. E é justamente nisso que elas acabam se dando mal.

Abaixo seguem algumas das técnicas mais utilizadas pelos apresentadores do reality para descobrir se o perfil é falso:

– Procurar o nome da pessoa em buscadores

Para o bem ou para o mal, é quase impossível que não haja uma menção ao nome de alguém na internet. Seja por ter passado em um concurso ou por ter perfil em alguma rede social. Em casos de namoro virtual, é sempre bom dar uma averiguada se a história contada bate com a realidade.

– Utilizar a busca de imagens do Google

É comum que algumas pessoas criem perfis falsos para se passarem por outras. Para tirar a limpo a história, uma alternativa é fazer uma busca por imagens no Google. Se a foto aparecer com o nome de outra pessoa, há grande chance de o “namorado virtual” ser mentiroso.

– Fazer uma videoconferência

Nos casos do reality show “Catfish”, a maioria dos “parceiros virtuais ocultos” sempre diziam estar ocupados para fazer uma videoconferência ou não ter conhecimento de como fazer uma. Em todas as ocasiões era mentira. Portanto, usar Skype ou ferramentas como o Hangout, do Google, podem ajudar a esclarecer muitas dúvidas.

Serviço

“Catfish” é exibido toda segunda-feira às 22h. É também possível ver os episódios da primeira temporada diretamente no site da “MTV Brasil”.  A segunda temporada do reality deve começar a ser exibida nos Estados Unidos no fim de junho. Segundo a MTV americana, outros países devem começar a exibir em setembro de 2013.

__

Imagens: Reprodução e Scott Gries/Invision/AP Images


Deixar celular em cima da mesa durante encontro causa má impressão, diz estudo
Comentários Comente

Ana Ikeda

Psicólogos da Universidade de Essex conduziram um estudo para mostrar que o hábito de deixar o celular em cima da mesa durante um encontro passa uma impressão negativa ao outro. Ok, mais um daqueles estudos para alguém torcer o nariz e dizer “Ah, mas precisava de pesquisa para isso?”. O Gigablog diz: precisava, sim, porque agora você pode virar para seu amigo enquanto vocês conversam e dizer “véi, guarda aê esse celular, tem um estudo que diz que isso é ruim, sério”. 

Em outras palavras: guarde o celular no bolso ou na bolsa se quiser que seu amigo (a) ou namorado (a) não se sinta ofendido e tenha uma imagem melhor sobre sua pessoa.

Segundo os pesquisadores, a simples presença do celular na mesa, à vista do seu interlocutor, já reduz o nível de empatia e de compreensão ao conversar face a face. “Encontramos evidências de que os celulares têm efeito negativo na proximidade, conexão e qualidade da conversa”, disse Andrew Przybylski, psicólogo-chefe do estudo, ao “Daily Mail”.

Przybylski explica que a presença do celular pode orientar os indíviduos a pensaram nas pessoas fora daquele contexto social imediato. “Fazendo isso, eles desviam a atenção da experiência interpessoal ocorrendo naquele momento para se concentrar em uma infinidade de preocupações e interesses”, alertou.

Para o estudo, foram formados 37 pares de pessoas que não se conheciam. Foi pedido a elas que passassem 10 minutos conversando sobre algum evento interessante que havia ocorrido em suas vidas no último mês. Metade dos pares conversou com um celular em cima da mesa, próximo a uma das pessoas; a outra metade ficou com um notebook, posicionado no mesmo lugar que o aparelho do outro grupo.

Depois do encontro, as pessoas tiveram de responder a um questionário sobre seus pares. Aqueles que conversaram com o celular visível em cima da mesa fizeram comentários menos positivos sobre a pessoa com que se encontraram do que o outro grupo de teste.

Depois, foram formados outros 34 pares, também em grupos com notebooks e celulares em cima da mesa. Mas a conversa agora foi dividida em assuntos irrelevantes e aquilo que de mais importante havia ocorrido no último ano em suas vidas.

Para aqueles com o notebook à mesa, houve um maior sentimento de proximidade e confiança no par que conversou sobre algo importante. Mas o mesmo não ocorreu em relação ao grupo com o celular à vista.

“Os resultados mostram que o celular pode interferir nas relações humanas, com efeito mais claro quando indivíduos discutem tópicos pessoalmente importantes”, escreveram os pesquisadores.

Dito isso, #FicaDica: Vai fazer DR com o namorado? Pedir um conselho importante a um amigo? Pedir aumento para o chefe? Guarde o celular durante o café, almoço, jantar, happy hour e afins.

Lá do Daily Mail.

Foto: Getty Images.


< Anterior | Voltar à página inicial | Próximo>