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Professora participa da Campus Party 2013 com a filha de quatro meses
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Juliana Carpanez

A professora e jornalista Bianca Santana, 29, participa da Campus Party 2013 com sua filha, Cecília, de apenas quatro meses. O plano é ir de dois a três dias desta semana ao evento, realizado em São Paulo, para participar de atividades específicas e encontrar ativistas de cultura livre, segundo a mãe. Isso tudo com a pequena, claro.

Cecília, de quatro meses, participa da Campus Party com sua mãe, Bianca

Bianca não cogitou acampar no local, como fazem milhares de participantes, mas não vê muito problema nisso. “Acho que isso seria possível. Se a mãe estiver confortável e segura, a filha vai ficar bem também”, contou em entrevista por e-mail.

A participação na Campus Party com um bebê não é novidade para Bianca. Mãe de Lucas, 4, e Pedro, 2, ela sempre levou seus filhos a reuniões de trabalho e eventos – inclusive neste com presença em peso de nerds de todo o país. “Em 2011 levei o Pedro, então com três meses de idade, e participei de uma mesa. Teve muitos comentários sobre ‘a mulher que tirou o peito para fora enquanto dava uma palestra pra amamentar o filho’”, lembra.

Ela amamenta em público, sim, e também troca fraldas em seu próprio colo, apoiando o bebê nas pernas. “Nunca deixei de fazer nada que fosse importante para mim por ter filhos pequenos, sempre levei comigo. Nessa idade, eles precisam de peito e colo. Se estiverem sentindo o cheiro e o calor da mãe e mamando quando têm vontade, eles ficam bem em qualquer lugar”, defende.

Lá da Campus Party 2013.
Foto: Camila Cunha/Indicefoto/Divulgação.


Sem noção: o que você deve fazer para se queimar com seu (futuro) chefe nas redes sociais
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Guilherme Tagiaroli

 A internet já está cheia de tutoriais e avisos dando dicas de como as pessoas devem se comportar nas redes sociais. Mesmo assim, há muita gente que continua a utilizar Facebook, Twitter, Orkut (in memoriam) e outras redes de forma sem noção.

Durante a Campus Party 2013, Gustavo Guanabara (foto abaixo), professor universitário e analista de mídias sociais, falou, basicamente, tudo que já é conhecido sobre cuidados básicos. A abordagem, no entanto, foi: o que fazer na internet para se ferrar no trabalho ou no emprego que você ainda nem arranjou.

Apesar de o próprio Facebook afirmar que a rede não vasculha a vida dos candidatos, uma pesquisa da consultoria Reppler/Ibope de 2012 indica que 76% das empresas dizem consultar no Facebook o perfil de quem busca uma vaga. Twitter e Linkedin também são consultados por 63% e 58% das companhias, respectivamente.

Enfim, por mais que os perfis sejam “pessoais”, eles se tornam públicos por estarem na internet. Veja abaixo, segundo o palestrante, o que fazer na internet para conseguir um emprego — só que ao contrário.

– Não use Linkedin
Por mais que o Facebook seja o lugar mais procurado para conhecer o perfil do candidato, é no Linkedin que muitas empresas buscam seus próximos funcionários. Aliás, a rede social é feita exatamente para isso.  Logo, não usar o Linkedin é uma grande dica para quem quer ficar desempregado ou continuar na mesma empresa para sempre.

– Poste fotos de biquíni em redes sociais.
A não ser que o trabalho da pessoa envolva mostrar o corpo (o que imagino ser o caso de uma minoria), fotos íntimas podem queimar o filme de um candidato a uma vaga.

– Poste fotos constrangedoras.
Foi ao banheiro e está fazendo o número 2? É a situação perfeita para colocar uma foto no Facebook e conseguir vários “curtis”. É tudo que seu próximo chefe espera que você coloque na internet (novamente: só que não).

– Aquela foto com copo de bebida alcoólica sempre pega super bem.
Não há nenhum problema em beber. Mas tem gente que parece gostar de pagar de “nossa, quando eu bebo fico loucão”.  O problema deste tipo de imagem é quando ela é a principal do perfil. A queimação de filme já começa na primeira impressão do empregador, ao ver a página do candidato.

– Enfatize bastante os dias da semana.
Frases como “Uhul! Hoje é sexta” ou “M…, já é segunda-feira” são constantes nas redes sociais. O problema é que quem posta (e tem o chefe como amigo) acaba  se esquecendo da má impressão que passa. Fica parecendo que a pessoa odeia o que faz.

– Trabalho tá ruim? Fale mal do chefe e do seu trabalho.
Reclamar de funcionários da companhia e do chefe (independe de ser amigo nas redes sociais ou não) é sempre embaraçoso. Fazendo isso, o funcionário se queima com a companhia e com seus futuros empregadores, pois quem garante que após ser contratado a pessoa não vai fazer o mesmo?

– Jogue no horário de trabalho.
Muitas empresas liberam que usuários acessem redes sociais. O problema é que o Facebook sempre os denuncia. Basta só dar uma olhada no registro de atividades que fica no lado direito superior. Se você consegue ver as atividades dos outros, seu chefe (que pode ser amigo na rede social)  também consegue.

Lá da Campus Party 2013

Imagem: Guilherme Tagiaroli/UOL


Com preços altos, campuseiros apelam para a venda paralela de comida e bebida
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Guilherme Tagiaroli


Que os participantes da Campus Party são adeptos ao comércio paralelo não é novidade. Em edições passadas, havia até venda de itens de hardware como placa de vídeo, HD, memória e até placa-mãe.

Na edição de 2013 ainda há um tímido comércio à la Santa Ifigênia (região do centro de São Paulo conhecida pelo comércio de eletrônicos). Porém, neste ano, os campuseiros têm apelado para o comércio de comida e bebida. Não à toa, pois o evento, além de oferecer opções caras, fica em uma região com pouco comércio.

Uma das opções mais pop de comida alternativa da Campus Party 2013 é a venda de Cup Noodles (macarrão instantâneo). Para concorrer com as lanchonetes do evento, o copinho com macarrão instantâneo é vendido (pronto) por R$ 6,00.  Segundo os campuseiros responsáveis pela venda, eles já venderam 30 copos de Cup Noodles desde o início do evento na segunda-feira.

O item de alimentação mais barato nas lanchonetes da Campus Party custa R$ 6,00 e é uma coxinha. As bebidas também não estão com preços muito acessíveis: a água custa R$ 4,50, enquanto uma lata de refrigerante custa R$ 6,00.

Outros campuseiros (na área próxima ao palco principal) aproveitaram o alto preço do refri para vender latas por R$ 4,00. Apesar do valor baixo, os vendedores disseram que não estão tendo muito sucesso, pois “não estão divulgando muito”. Só venderam 5 até agora. 🙁

Lá da Campus Party 2013.

Imagens: Guilherme Tagiaroli/UOL e Fernando Donasci/UOL.


Com espaço para 6.000 campistas, sobram barracas na Campus Party 2013
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Flávio Carneiro


Em sua sexta edição, a Campus Party oferece 5.000 barracas (algumas delas duplas) para até 6.000 pessoas acamparem no evento. A taxa de camping custa R$ 75, além dos R$ 300 cobrados por sete dias de acesso à Arena — onde fica a conexão de 30 Gbps (gigabits por segundo) e são realizadas diversas palestras e oficinas. Apesar da estrutura, o camping não encheu: no terceiro dia de evento, ainda é possível ver blocos inteiros de barracas desocupadas.

A organização não informa quantos campistas há no local, mas a previsão era de que 4.000 pessoas fossem passar as noites na Camus Party, realizada no Parque do Anhembi. Um voluntário responsável pelo credenciamento, que não quis ter o nome divulgado, afirma que cerca de 2.000 barracas estão vazias.

Ele afirmou ainda que, de acordo com sua experiência em outros anos, poucos devem chegar para acampar nos próximos dias. A Campus Party teve início na segunda-feira (28) e vai até domingo (3).

Visualmente, é fácil constatar que há uma grande quantidade de barracas vazias: isso porque a maioria das ocupadas tem uma toalha por cima. O acessório é usado para marcar a localização da “casa” de cada pessoa, uma vez que as barracas são todas iguais. É possível encontrar toalhas coloridas, com desenhos e também times de futebol, como o Corinthians e Bahia.


Manhãs na Campus Party são de marasmo e participantes dormindo pelos sofás
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Flávio Carneiro

Cordei, kd Campus Party?

Meia dúzia de computadores ligados. É dessa forma que amanhece a Campus Party 2013, evento de tecnologia em São Paulo que oferece conexão de internet com 30 Gbps (gigabits por segundo). O que se vê pela arena, área geralmente vibrante, é muita gente dormindo nos sofás (que provavelmente são mais confortáveis do que o chão duro das barracas).

A agitação dos campuseiros é substituída pela manutenção realizada nos equipamentos pelos voluntários, equipes de limpeza e patrulha dos seguranças. Os poucos campuseiros que estão acordados, na maioria das vezes, estão jogando algo sozinhos.

O barulho, que durante o dia é formado por cornetas e muita bagunça (hábito que rendeu o apelido de “CarnaParty” ao evento), dá lugar ao silêncio e aos ecos de “testando, testando”, quando algum voluntário regula os microfones dos palcos.


Salve-se quem puder: distribuição de brindes na Campus Party vira correria (sempre)
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Ana Ikeda

De repente, começa um corre-corre na arena da Campus Party. Dez, vinte, trinta pessoas passam desesperadas todas na mesma direção. Assustado (no meu caso, assustada :P), você vai conferir o que que está acontecendo.  Tumulto? Briga? Webcelebridade chegando? Não. É brinde.

A cena ocorrida na tarde de terça (29) foi gerada pela distribuição de mochilas. No dia anterior, uma fila que “virava o quarteirão” do evento se formou para quem queria “faturar” um quimono de graça. Se você avista uma fila no evento – que não a do raio-x – pode ter certeza: tem algo de graça sendo distribuído ali.

O fenômeno não é exclusivo da arena, onde os participantes que pagaram até R$300 estão. Na zona expo, gratuita, também tem fila para tentar “pescar” pelúcias e pegar salgados de graça.

Uma campuseira chegou a me dizer que é preciso levar malas extras para o evento para conseguir acomodar todos os brindes distribuídos.

E você aí achando que a conexão de 30 Gbps tava arrasando na Campus Party.

Lá da Campus Party.


Quarto de luxo na Campus Party 2013 traz regalias, mas lembra “aquário do BBB”
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Ana Ikeda

Dormir em uma barraca pequenininha ou em um quarto com cama e regalias? Uma competição na Campus Party 2013, evento de tecnologia que ocorre em São Paulo até 3 de fevereiro, elege um campuseiro para poder usufruir da segunda opção: um local “VIP”, apelidado de “Quarto de luxo”. O único porém é que o quarto não tem cortinas. Todos podem ver o que se faz ali. Algo bem parecido com o “aquário do BBB”.

O analista de sistemas Bruno Eugênio, 27, ganhou uma noite no quarto de luxo ao participar de uma competição de Street Fighter no estande do Grupo Segurador Banco do Brasil e a Mapfre, responsáveis pela ação.

“Mesmo com todo mundo me vendo, prefiro dormir aqui que na barraca”, diz o “VIP” da noite de terça (29). “A gente sempre dorme pouco mesmo”, completa o veterano, já na quarta participação de edições da Campus Party.

Apesar de todas as regalias do quarto, como TV 3D com home theater e blu-ray, além do PlayStation 3, Eugênio diz que só vai usar o local para dormir mesmo. “Tenho que desenvolver com meus amigos”, diz, referindo-se a uma maratona de desenvolvimento de software que ocorre na arena do evento.

Os itens contidos no quarto de luxo – exceto os filmes e jogos – serão leiloados. Vai ter gente brigando pelo tapetinho de entrada que diz, como no iPhone, “Slide to unlock”.

Tapete que imita mensagem da tela bloqueada do iPhone #todosama

Lá da Campus Party 2013.

Foto: Ana Ikeda/UOL.


Conexão 4G demonstrada na Campus Party 2013 tem velocidade seis vezes maior que 3G
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Flávio Carneiro

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A Vivo disponibilizou para os visitantes da Campus Party 2013 uma “degustação” do que será (supostamente) a internet 4G. No estande da empresa é possível utilizar smartphones e notebooks com a tecnologia, que foi montada provisoriamente em São Paulo (a previsão oficial de chegada do serviço na capital paulista é em 2014).

Embora a maioria das pessoas estivesse usando os produtos somente para tuitar e concorrer a uns lanchinhos, a reportagem do UOL Tecnologia foi testar (ou se lambuzar com) a velocidade de transmissão de dados da rede oferecida.

O smartphone disponibilizado no estande é um Motorola Razr HD (escolha coerente, já que esse foi o primeiro smartphone 4G no Brasil). Para testar o desempenho da internet, eu instalei o aplicativo “Internet Speed Test”, gratuito para Android.

O aparelho equipado com 4G teve desempenho seis vezes melhor do que o dispositivo que utilizou a internet 3G. Enquanto o primeiro alcançou 4,6 Mbps (megabits por segundo) de velocidade, o segundo (também com conexão Vivo) estacionou em 750 Kbps (kilobites por segundo).

Já o notebook Pavilion da HP foi turbinado com um modem 4 G da Huawei (abaixo) e atingiu a média de 21 Mbps  (megabits por segundo) no teste para medir a velocidade de download.


Computador em formato de robô leva R$ 4.000 e 3.000 horas para ser feito
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Flávio Carneiro

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O artista plástico Alexandre Ferreira, 38, exibe criatividade na Campus Party 2013. Ele é o campuseiro responsável pelo robô ao lado, que funciona como um computador. A peça reproduz um personagem do desenho japonês “Gundam” (o artista também é responsável pelo computador em formato Homem de ferro que aparece no álbum abaixo).

A modalidade, chamada casemod, consiste em customizar computadores – mas Ferreira foi além e construiu a estátua de mais de 3 metros, composta por 38 peças de fibra de vidro e plástico. Ele afirma que, com ajuda de patrocinadores, já investiu mais de R$ 4.000 mil e 3.000 horas de trabalho para desenvolver seu “amigão”.

Além da aparência imponente, a criação “metade máquina, metade estátua” também possui outros recursos. Ela é capaz de mover a cabeça para os lados e reproduzir luzes internas. Como são necessárias mais de duas horas para montar todos os detalhes, na terça-feira (29), segundo dia da Campus Party 2013, o aparelho ainda não estava completamente pronto.


Mochila do “Campuseiro das Galáxias” também tem toalha – e muito mais
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Ana Ikeda

Não importa aonde você vá: leve sua toalha. O conselho célebre no livro “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, de Douglas Adams, é especialmente útil para os 4.000 campuseiros que passarão uma semana acampados no Anhembi Parque, onde é realizada a sexta edição Campus Party. Mas, além do item, os fãs de tecnologia não dispensam outros itens… nerds ou não.

Na fila de entrada do camping, pedimos a alguns “Campuseiros das Galáxias” mostrarem o que tinham trazido para aguentar a maratona de palestras, oficinas, downloads, downloads e downloads. Veja no álbum abaixo:

Aqui, um resumo do que encontramos nas mochilas:

–  Toalha (sempre!)

– Comida que não precisa de geladeira (leia: salgadinho e biscoito)

– Colchão inflável (IN-DIS-PEN-SÁ-VEL)

–  Isolante térmico (para o campuseiro não esquentar o chão frio)

– Enxaguante bucal (hálito puro e refrescante para conversar com os colegas campuseiros)

– Desodorante (o calÔOOooooÔOOr dentro da arena pode subir… muito)

– Xampu (meninos não dispensam) e condicionador (meninas não dispensam)

–  Gel (para dar aquela ajeitada no topete de Sonic)

– Café instantâneo (''bebível'' na hora da necessidade)

– Roupa íntima (por favor, né)

– Camiseta nerd (charminho + pontos de simpatia = campuseiro 🙂 )

– HD externo (haja download, meu!)

– Travesseiro (quanto menor, melhor… aí cabe na barraca… a dois)

– Fones de ouvido (mais para isolamento acústico – nem sempre você vai querer ouvir todas as 500 horas de palestra)

– Malas e sacolas extras (rolam muitos brindes e, se o campuseiro já chegou com a mala ‘atolada’, fica complicado levar os itens extras de volta pra casa)

E, assim, é dada a largada para uma semana de muita diversão, aprendizagem, downloads, downloads e downloads. ÔOOOOooooÔOOOOoooo…

Lá da Campus Party 2013.

Fotos: Fernando Donasci/UOL.