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Arquivo : Donald Trump

Quer dar de vidente no Twitter? Veja como
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Márcio Padrão

Com a postagem abaixo, a conta de Twitter @beyoncefan666 repercutiu na internet por ter anunciado com alguma precisão, em julho de 2016, a gravidez da cantora Beyoncé –que foi anunciada só nesta semana com direito a recorde no Instagram.

Não só isso. No mesmo mês de julho de 2016, antecipou a vitória de Donald Trump nas eleições –que só ocorreu em novembro– e o nervosismo dos EUA sob sua presidência…

… além de antever o anúncio de Lady Gaga como atração da final do Super Bowl. O anúncio oficial ocorreu em 29 de setembro, quatro dias depois do tuíte, e o show será neste domingo (5).

Diferentemente do Facebook, no Twitter não é possível editar o texto das postagens. Como essa pessoa fez isso, então?

O jornal britânico “Guardian” matou a charada: basta o dono do perfil ter criado no ano passado um monte de previsões aleatórias para o mesmo fato –como, por exemplo, ter chutado outros artistas para o Super Bowl além de Gaga– e colocado todo o perfil em modo privado.

Quando os fatos acontecem, você torna o perfil público, apaga as postagens com as previsões erradas e deixa apenas as corretas. Aí é só dar um jeito de os internautas descobrirem e viralizarem tudo.

Isso é facilmente percebível quando clicamos em cada post: todas as reações visíveis dos demais usuários ao post –respostas e compartilhamentos– foram a partir de quarta-feira, data do anúncio. O fato de a conta ter apenas 22 postagens até o momento –e quase todos datadas em um intervalo de poucos meses– também é suspeito.

Tentativas de prever o futuro no Twitter já rolam há algum tempo. Veja por exemplo o truque de um usuário que adivinhou o resultado da final da Copa do Mundo de 2014, com estratégia similar a do @beyoncefan666: postou vários resultados e “fulano marca gol” antes do jogo e apagou as previsões erradas depois. E o usuário abaixo descobriu a farsa.


Gigantes da tecnologia contra Trump: empresas reagem a ato anti-imigração
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Márcio Padrão

Executivos de várias das maiores corporações de tecnologia do mundo não ficaram muito satisfeitos com a recente decisão do governo de Donald Trump de tornar mais rígida a entrada nos EUA de imigrantes e refugiados de sete países do Oriente Médio. Com muitos imigrantes ou descendentes de imigrantes em seu corpo de funcionários –e alguns deles em cargos de presidência–, empresas como Facebook, Google, Apple, Microsoft, Netflix, Twitter, Uber e Airbnb reagiram quase que imediatamente à medida.

Veja algumas reações abaixo:

Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, em post em seu perfil na rede social:

“Meus bisavós vieram da Alemanha, Áustria e Polônia. Os pais de Priscilla [esposa de Zuckerberg] eram refugiados da China e do Vietnã. Os Estados Unidos são uma nação de imigrantes, e devemos nos orgulhar disso.

Como muitos de vocês, estou preocupado com o impacto das últimas ordens executivas assinadas pelo presidente Trump.

Precisamos manter o país seguro, mas devíamos fazer isso focando em pessoas que realmente representam uma ameaça. Ampliar o foco da lei para além de pessoas que são verdadeiras ameaças faria com que todos os americanos se sintam menos seguros com o desvio de recursos, enquanto milhões de pessoas em situação irregular que não representam uma ameaça viverão sob o medo da deportação.

Devemos também manter as portas abertas para os refugiados e aqueles que precisam de ajuda. Isso é o que somos. Se tivéssemos desdenhado de refugiados algumas décadas atrás, Priscilla e sua família não estariam aqui hoje (…).”

Tim Cook, CEO da Apple, em email para funcionários da Apple obtido pelo site “Recode”:

“A Apple não existiria sem a imigração, e muito menos prosperaria e inovaria na forma como fazemos. Tenho ouvido que muitos de vocês estão profundamente preocupados com a Ordem Executiva emitida ontem, restringindo a imigração de sete países de maioria muçulmana. Eu compartilho de suas preocupações. Não é uma política que apoiamos. Nas palavras do Dr. Martin Luther King, ‘Podemos ter vindo em diferentes navios, mas estamos no mesmo barco agora’.”

Sundar Pichai, CEO do Google, em comunicado enviado à agência de notícias Bloomberg e ao jornal “Wall Street Journal”:

“É doloroso ver o custo pessoal desta ordem executiva em nossos colegas. Estamos chateados com o impacto desta ordem e quaisquer propostas que possam impor restrições aos Googlers [como são chamados os funcionários da empresa] e suas famílias, ou que possam criar barreiras para trazer grandes talentos aos EUA.

Não queremos esse medo e incerteza para ninguém –e especialmente nossos colegas Googlers que contribuem tanto para nossos produtos, nossos negócios e nossas vidas. Em tempos de incerteza, nossos valores continuam a ser o melhor guia.

Estamos preocupados com o impacto desta ordem e quaisquer propostas que possam impor restrições aos Googlers e suas famílias, ou que criem barreiras para trazer grandes talentos aos EUA. Sempre nos manifestamos publicamente sobre questões de imigração e continuaremos a fazê-lo.”

Satya Nadella, CEO da Microsoft, em texto no Linkedin:

“Hoje, Brad Smith [presidente da Microsoft] enviou e-mail para funcionários da Microsoft. Quero destacar esta parte:

‘Como uma empresa, a Microsoft acredita em um sistema de imigração altamente qualificado e forte e equilibrado. Nós também acreditamos em oportunidades mais amplas de imigração, como as proteções para jovens talentosos e cumpridores da lei no âmbito do Programa de Acesso Deferido à Chegada de Crianças (DACA), chamados de ‘Sonhadores’. Acreditamos que as leis de imigração podem e devem proteger o público sem sacrificar a liberdade de expressão ou de religião das pessoas e acreditamos na importância de proteger os refugiados legítimos e cumpridores da lei, cujas vidas podem estar em jogo nos processos de imigração’.

Como imigrante e como CEO, eu já experimentei e vi o impacto positivo que a imigração tem sobre a nossa empresa, para o país e para o mundo. Continuaremos a defender este importante tópico.”

Reed Hastings, CEO da Netflix, em post no Facebook:

“As ações de Trump estão ferindo funcionários da Netflix ao redor do mundo, e são tão anti-americanas que afetam a todos nós. Pior, estas ações vão tornar a América menos segura (através do ódio e da perda de aliados) em vez de mais segura. Uma semana muito triste, e a vida de mais de 600 mil Sonhadores aqui na América fica sob ameaça iminente. É tempo de juntar forças para proteger os valores americanos de liberdade e oportunidade.”

Jack Dorsey, CEO do Twitter, em post na rede social:

“O impacto humanitário e econômico da Ordem Executiva é real e perturbador. Nós nos beneficiamos daquilo que os refugiados e os imigrantes trazem para os EUA. O Twitter é feito por imigrantes de todas as religiões. Nós estamos com eles, sempre.”

Apesar da Uber ser alvo de uma campanha de boicote nas redes sociais –a empresa é acusada de baixar preços em meio a protestos de taxistas contra a nova política migratória– Travis Kalanick, CEO da Uber, se diz contra a medida em e-mail aos funcionários:

“Esta ordem tem implicações muito mais amplas, pois também afeta milhares de motoristas que usam o Uber e vêm dos países listados, muitos dos quais fazem longas pausas e voltam para casa para ver sua família. Esses motoristas atualmente fora dos EUA não poderão voltar ao país por 90 dias. Isso significa que eles não serão capazes de ganhar a vida e apoiar as suas famílias e, claro, eles estarão separados dos seus entes queridos durante esse tempo.

Estamos trabalhando em um processo para identificar esses motoristas e compensá-los ‘pro bono’ durante os próximos três meses para ajudar a mitigar alguns do estresse financeiro e complicações com o apoio às suas famílias para colocarem comida sobre a mesa.

Enquanto cada governo tem seus próprios controles de imigração, permitindo que pessoas de todo o mundo possam vir aqui e fazer da América sua casa, isso tem sido em grande parte a política dos EUA desde a sua fundação. Isso significa que essa proibição afetará muitas pessoas inocentes –uma questão que levantarei na próxima sexta-feira quando eu for a Washington para a primeira reunião do grupo de consultores de negócios do presidente Trump.”

Brian Chesky, CEO da Airbnb, em postagem no Twitter:

“O Airbnb está fornecendo alojamento gratuito aos refugiados e qualquer um que não for permitido nos EUA. Contate-me se precisar urgentemente de habitação. Se você é capaz de acolher refugiados em necessidade pelo Airbnb, você pode se inscrever aqui.”


Cansado das bobagens de Donald Trump? Cornete aqui o pré-candidato dos EUA
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Márcio Padrão

Que o magnata, ex-apresentador do reality show “O Aprendiz” e pré-candidato à presidência dos EUA Donald Trump é um verdadeiro hater, a gente já sabia. Mas apesar de ter protagonizado as atenções das eleições americanas, ele sofreu um baque há poucos dias, quando o senador ultraconservador pelo Texas, Ted Cruz, conquistou a maioria dos votos no caucus de Iowa para ser o indicado do Partido Republicano.

Trump vem angariando votos dos radicais na mesma proporção que vem irritando os progressistas com seu discurso agressivo e fanfarrão. Entre suas declarações recentes, quis proibir temporariamente a entrada de muçulmanos; e que não acredita no aquecimento global.

Mas alguém incomodado com as bobagens de Trump reagiu com um site dedicado apenas a cornetá-lo. O Trumpdonald.org traz apenas uma foto do empresário e um trombone (“trump” em inglês, um trocadilho com seu sobrenome) que pode ser movido com o mouse e quando clicado, emite um sonoro “foooom” que assusta Trump, que mexe os olhos e tem seu cabelo bizarro assoprado. De vez em quando saem uns confetes do trombone também, o que combina bem com o momento de Carnaval.

Ah, o site também traz um contador de cornetadas; até a finalização deste post, já havia passado de 20 milhões. Divirta-se!


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