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Arquivo : agosto 2013

Marissa Mayer, chefona do Yahoo, joga ‘Candy Crush’ e dirige BMW velha
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Juliana Carpanez

Marissa Mayer faz pose de diva na edição de setembro da revista norte-americana ‘Vogue’

Marissa Mayer, 37, diretora-executiva do Yahoo, não segue o estereótipo dos chefões da tecnologia. Formada na Universidade de Stanford em Symbolic Systems (sistemas simbólicos, uma mistura de filosofia, psicologia cognitiva, linguística e ciência da computação), ela se declara nerd, tímida e diz que gosta de programar. Até aí, está mantido o jeito Bill Gates de ser. Mas, com sua beleza e estilo, Marissa foge do padrão a ponto de ganhar uma entrevista de diversas páginas na (também poderosa) revista “Vogue”. Com pose de diva e tudo.

Segue abaixo algumas curiosidades reveladas pela ex-funcionária do Google, na edição de setembro da revista norte-americana.

Mudanças no Yahoo
A executiva disse ter ficado chocada ao perceber quão pouco os executivos do Yahoo interagiam com seus funcionários. Nas primeiras semanas de trabalho, há um ano, ela respondeu a perguntas feitas em um fórum corporativo e almoçou na cafeteria.

Marissa também instituiu a cultura da comida grátis no ambiente corporativo (algo existente no Google), trocou os Blackberrys dos funcionários por iPhones, removeu divisórias nas baias e também algumas paredes para favorecer um ambiente colaborativo.

Uniforme
No dia da entrevista à “Vogue”, Marissa estava com um cardigan (casado de lã) marrom da marca Oscar de la Renta (no site da loja, essas peças passam de US$ 2.000 ou R$ 4.800). A reportagem diz que este é o uniforme da diretora-executiva: ela tem o mesmo modelo nas cores marfim, azul marinho, preto, rosa, vermelho, azul e azul-petróleo.

Mark Zuckerberg, do Facebook, também é adepto ao uniforme – mas bem mais simples que o de Marissa.

‘Candy Crush’
Desde o nascimento do filho, Macallister, Marissa tem menos tempo a se dedicar aos esportes. Assim, ela se distrai com jogos como “Bejeweled” e “Candy Crush” (sim, até ela!) no celular, sempre que pode. Macallister nasceu no segundo semestre de 2012, logo depois de a mãe ter assumido a liderança do Yahoo.

Berçário
Quando Macallister nasceu, Marissa voltou logo ao trabalho. Mas o filho e a babá iam com ela para o escritório, onde ela montou um berçário ao lado de sua sala.

Home office
A diretora-executiva proibiu o trabalho remoto no Yahoo, causando polêmica. Ela afirmou que sua decisão não se refere ao trabalho remoto de forma geral, mas sim àquela que seria a melhor decisão para o Yahoo, “onde em vários casos trabalhar de casa significava quase não trabalhar”. Segundo ela, os funcionários aprovaram a mudança.

Em outubro de 2012, Marissa publicou a foto do filho Macallister, então com um mês. Ela o vestiu de pimenta para o YaBoo, festa de halloween do Yahoo

Esportes
Marissa e o marido, o investidor Zachary Bogue, fazem caminhadas em um parque próximo de casa, em Palo Alto (Califórnia). Antes do nascimento do bebê, os dois corriam meias-maratonas juntos, além de esquiar e fazer trilhas. Eles se conheceram em 2007, por intermédio de um amigo em comum.

Tímida
A chefona do Yahoo garante ser tímida e afirma ter se disciplinado para lidar com isso. Nos primeiros quinze minutos, por exemplo, ela sempre quer ir embora de uma festa – mesmo que seja em sua própria casa. “Eu literalmente olho no relógio e digo: ‘não posso ir embora até hora x. Se ainda estiver detestando até hora x, posso partir’.” Ela disse ter aprendido que, após ficar nas festas por um período pré-determinado, geralmente vence o constrangimento e acaba se divertindo.

Dinheiro
Marissa e o marido têm uma cobertura no hotel Four Seasons de San Francisco e gostam de dar festas glamourosas. Por outro lado, vai para o trabalho dirigindo seu próprio carro: uma BMW de 18 anos.

Anfitriã
Nas festas que faz em sua própria casa, Marissa sai à francesa – uma ação que ela chama de “saída da CEO”. Ela não se despede e vai para o quarto, enquanto o evento continua sem ela.

Lá da Vogue 
Fotos: Vogue e Reprodução/Twitter


Alemã cria Tumblr engraçadão com fotos tiradas pelo suspeito de furtar seu celular
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Juliana Carpanez

‘O calor do verão não impede que o criativo Hafid explore novos lugares’, diz a irônica legenda

A alemã que criou o Tumblr “Life of a Stranger who Stole my Phone” (vida do estranho que roubou meu telefone) não diz qual é seu nome. Mas ela identifica (e muito!) um jovem que teria furtado seu telefone celular durante as férias em que passou em Ibiza, na Espanha. E é aí que o Tumblr ganha forma.

A autora diz que todas as fotos tiradas com seu telefone celular (um smartphone Android) são salvas automaticamente em um serviço de armazenamento em nuvem.

“De volta à Alemanha, alguns dias depois do Natal, quatro meses depois da viagem, liguei meu computador e encontrei no Dropbox 15 novas fotos tiradas com o celular. […] O ladrão não deletou o aplicativo nem meus dados de login. É por isso que consigo ver no meu computador cada foto que ele tira”, explicou. Apesar de mencionar o Natal, o Tumblr só foi criado no dia 28 de julho.

Rosto identificado, era hora de saber mais sobre o suposto ladrão. Foi então que, ainda segundo a alemã, o desconhecido enviou para o perfil da vítima no Facebook uma mensagem de paz (mais precisamente, um “salam”). Dessa forma, ela diz ter descoberto o nome do “vilão”: Hafid.

Daí em diante, entramos na seara do bullying. Cada nova foto de Hafid (supostamente morador de Dubai) ganha uma legenda irônica da moça #chatiada. Alguns exemplos: “Designer de moda, às vezes modelo e fã de comida? Evidências claras de que Hafid é um verdadeiro hipster” e “o calor do verão não impede que o criativo Hafid explore novos lugares […]”.

O modelo contribui intensamente para o clima de zoeira do Tumblr, posando para fotos com o dedão do joinha, cruzando os braços e abusando dos autorretratos. Agora é ver se ele continuará tão desinibido quando descobrir tanta atenção voltada  as suas fotos. Estamos de olho, Hafid.


Site Immersion exibe sua conta do Gmail como uma rede social (verdadeira)
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Juliana Carpanez

Ferramenta forma grupos com os contatos e cria links mostrando a relação entre essas pessoas

Eis aqui a verdadeira rede social: o Immersion. A ferramenta online analisa sua conta no Gmail e mostra (de verdade) as pessoas com as quais você mais se comunica. Também cria (de verdade) uma relação entre aqueles contatos: a turminha do trabalho ganha uma cor, enquanto os amigos pessoais são pintados de outra. Há ainda links dinâmicos, que se movem com o mouse, para mostrar a relação entre membros de cada grupo.

Tudo muito bem, tudo muito bom, mas você só entenderá mesmo quão in-crí-vel é esta ferramenta ao testá-la. Pode ir lá agora, a gente espera você voltar. 🙂

César Hidalgo, um dos responsáveis por esse projeto (de novo: in-crí-vel) do MIT (Massachusetts Institute of Technology), define: “É uma autorreflexão, numa época em que a maioria das pessoas usa ferramentas [na web] de autopromoção, que permitem uma quantidade exagerada de interação”. Ou seja: o Immersion revela a vida digital do usuário sem as maquiagens tão comuns nas redes sociais.

O projeto está baseado nos metadados (as informações sobre as informações; ou como, quando e quem produziu determinados dados na internet). “Sua vida está na web, seus dados, seu histórico. Isso fica escondido nos metadados, que não são acessíveis para você. O Immersion deixa você experimentar a vida que tem na web, visualizando seus metadados”, explica Hidalgo.

Ainda não testou? Então corre lá para ver a cara dos seus próprios metadados.


Para viciados em Instagram: aplicativo Instagroup organiza contatos em listas temáticas
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Juliana Carpanez

Instagroup tem visual laranja e cinza, diferente do Instagram; app serve de complemento e pode funcionar paralelamente à rede social de fotos (no celular da reportagem, a convivência deles é pacífica)

A versão curta desta história é que o aplicativo Instagroup permite agrupar as contas que você segue no Instagram: amigos, pessoas do trabalho, famosos e bichos, por exemplo. Desenvolvido pela agência digital Alice Wonders, ele custa US$ 0,99 (cerca de R$ 2,25) e por enquanto só está disponível para aparelhos com sistema iOS, da Apple.

Agora a versão detalhada, que inclui o depoimento de uma viciada (oh, yeah) em Instagram. Logo que aderi à rede social, comecei a seguir perfis de amigos e também de gatos. Depois, vieram as celebridades, as comidas, os jovens endinheirados e a galera do fitness – não necessariamente nesta ordem.

Junte tudo isso e o que você tem é um feed alimentado por 713 perfis e uma timeline esquizofrênica, que muitas vezes não corresponde àquilo que você quer no momento. No domingo de manhã, por exemplo, me interessa muito mais o incentivo do pessoal do fitness do que incríveis pratos gordurosos postados na noite anterior. Já na espera do dentista, quero mesmo é saber o que as celebridades estão fazendo – no Instagram, essas informações estão muito mais atualizadas que a pilha velha de revistas.

Fora que, para o desespero de uma viciada, o feed do Instagram tem um limite de fotos. Ele exibe cerca de 160 imagens (sim, eu contei), fazendo com que você perca muito conteúdo se usar o programa apenas uma ou duas vezes por dia (inclua aqui seu comentário sarcástico sobre o sofrimento da classe média instagramiana).

É aí que entra o Instagroup. Fácil de usar, ele funciona paralelamente ao seu Instagram original e permite organizar os perfis de acordo com os assuntos criados por você. Assim, quando acesso “fitness” no domingo de manhã, dificilmente vou me deparar com aquela foto de pizza postada sábado à noite.

Usuário separa os perfis de acordo com o tema; um único perfil pode aparecer em diversos grupos. Acima, seleção para a lista de famosos (esquerda; a marombeira ficou de fora) e marombeiros (dir)

Ele também exibe um número limitado de atualizações, como o feed do Instagram, mas a divisão por assuntos permite que você veja muuuitas fotos de famosos de uma única vez. Ou muuuitos gatos fofos. Ou muuuuuitas mensagens otimistas dos marombeiros. Quando quero a esquizofrenia do meu feed, tenho a opção de acessar o Instagram original e ver todos esses assuntos juntos e misturados.

Como nada é perfeito, nem no mundo fotográfico do Instagram, o Instagroup tem alguns problemas – todos ainda dentro da categoria #classemediasofre.

Ele não rodas vídeos, não é possível dar dois cliques na foto para curti-la e, nos testes da reportagem, não excluiu alguém que foi deletado do Instagram original. Também é necessário esperar alguns segundos até ele começar a exibir o conteúdo de cada grupo e, nos testes, não permitiu trocar o nome das listas. Nada, no entanto, que prejudique a vida do usuário – palavra de uma viciada.

Veja Álbum de fotos


Cachorro de Mark Zuckerberg vira ‘emoticon’ para conversas no Facebook
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Juliana Carpanez

Animações fazem parte de um ”álbum de figurinhas” do Beast, que o usuário pode baixar gratuitamente

Beast é o cachorro de Mark Zuckerberg, diretor-executivo do Facebook. O cão da raça Puli aparece frequentemente nas fotos da família Zuckerberg e, agora, tem seu próprio pacote de “emoticons” – exclusivo para uso nas conversas do Facebook, é claro.

Essas animações fazem parte de um “álbum de figurinhas” (“stickers”, em inglês), que o usuário pode baixar gratuitamente da rede social. Assim, durante uma conversa privada, dá para ilustrar diversas situações com essa versão estilizada (e melhor penteada) de Beast.

Nos testes do Gigablog, só foi possível baixar o pacote de figurinhas na versão de aplicativos do Facebook – a alternativa não está disponível na versão web. Para fazer o download de stickers, você deve clicar no sorriso que fica dentro da caixa onde se escreve as mensagens e, então, selecionar um ícone de cestinha.

Para baixar os stickers, clique no sorrisinho dentro da caixa onde se escreve as mensagens. Depois, selecione o ícone de cestinha no canto inferior direito, que vários “pacotes” aparecerão


Acampamento nos EUA confisca eletrônicos e propõe ‘detox digital’ de adultos
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Juliana Carpanez

Sinal exposto no acampamento digital realizado em Anderson Valley, na Califórnia

Entre 14 e 17 de junho, 300 pessoas participaram de um acampamento de “detox digital” para adultos realizado na Califórnia – berço daquelas empresas que possivelmente fazem de você um viciado em tecnologia. Proibidos de usarem qualquer eletrônico (eles eram confiscados na entrada, como em uma prisão), os campistas participaram de atividades ao ar livre, jantaram em silêncio para apreciar a comida e não tiveram medo de se expor dançando músicas dos anos 80 (algo fácil quando não há câmeras por perto).

O repórter Vignesh Ramachandran, do site “Mashable”, fez um relato sobre a experiência e garante que foi incrível. Essa foi a primeira edição do evento, que será repetido em julho, mas o site não divulga qual o preço da desconexão.

Ramachandran conta que, na “rehab”, aprendeu basicamente três coisas.

1) A tecnologia é incrível, mas não se esqueça das interações na vida real.
“A experiência me lembrou que somos definidos por muito mais que nossos perfis no LinkedIn”, resumiu. Ele lembra também que conversas via Skype não são a mesma coisa que compartilhar uma refeição cara a cara com alguém.

2) Encare pessoas, não telas.
Ramachandran reconhece que dá para aprender muito com o Google, Facebook e toda a informação disponível na ponta de nossos dedos hoje em dia. “Mas ao colocar os eletrônicos de lado e conversar com alguém, você pode ir muito além do cenário bidimensional oferecido pelos dados.”

3) Não tenha medo do Fomo (hein?).
A sigla acima significa (fear of missing out, ou medo de ficar de fora), aquela sensação familiar de quando você esquece o smartphone em casa ou passa algumas horas fora do Facebook.

Depois do detox, Ramachandran escreveu que, ao dispersar nossa atenção entre milhões de coisas, acabamos vivendo experiências pela metade. “Às vezes, nos preocupamos tanto em capturar um momento no Instagram ou Twitter que esquecemos de viver a experiência por completo. Como diz uma placa no acampamento: entregue-se ao presente.”

Para que a tecnologia não volte a ser protagonista em sua vida, ele afirma ser preciso equilibrar quanto ela é usada – trata-se de um trabalho diário, feito preferencialmente fora das tabelas de Excel.

Assista abaixo: viciados em smartphone incomodam muita gente

[uolmais type=”video” ]http://mais.uol.com.br/view/14231390[/uolmais]

Lá do Mashable


Narcisistas nas redes sociais: estudo compara Twitter a megafone e Facebook com espelho
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Juliana Carpanez

Você provavelmente já sabia que redes sociais e narcisismo têm tudo a ver. Mas um estudo da Universidade de Michigan divulgado nesta semana diz algo sobre o tema que você provavelmente desconhece. Enquanto os estudantes universitários com traços narcisistas preferem o Twitter, os narcisistas da população em geral (adultos de meia idade) gostam mais do Facebook.

Por causa dessa divisão, o estudo define o Twitter como um megafone e o Facebook como um espelho. Olha só por quê.

“Os jovens supervalorizam a importância de sua própria opinião. Pelo Twitter, eles tentam aumentar seu círculo social e divulgar seu ponto de vista sobre uma variedade de assuntos”, explica o pesquisador Elliot Panek, um dos responsáveis pelo estudo. Segundo ele, os universitários narcisistas usam as redes sociais para alimentar seus egos e controlar a percepção que os outros têm sobre eles.

Já o uso do Facebook por narcisistas é definido assim. “Trata-se da curadoria da sua própria imagem, da forma como você é visto, e de conferir como os outros respondem a essa imagem. Os adultos de meia idade já criaram sua identidade social e usam as redes para ganhar aprovação daqueles que já fazem parte de seu círculo.”

Para o levantamento, foram entrevistados 486 estudantes universitários nos Estados Unidos com idade média de 19 anos, além de 93 adultos (não universitários) com idade média de 35 anos. Por conta dessa divisão de idade, a gente aqui do Gigablog palpita que talvez não sejam os universitários narcisistas — mas sim os jovens narcisistas — que preferem o Twitter.


Evento para desenvolvedores da Apple tem participante de apenas 13 anos
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Juliana Carpanez

Charlie Hutchison ganhou seu ingresso para o WWDC 2013, evento da Apple realizado em San Francisco (Califórnia), como parte de um programa voltado a estudantes. Eles se inscrevem e, casos selecionados, participariam gratuitamente da disputada conferência (neste ano, as inscrições vendidas a cerca de R$ 3.200 encerraram em 72 segundos).

Charlie Hutchison ganhou um concurso para participar do WWDC 2013

Até aqui, você conclui que Charlie é apenas um estudante sortudo. Mas a história fica (bem) mais impressionante quando se descobre que o garoto de Jackson (Mississipi) tem apenas 13 anos recém-completados.

Respira, que tem mais: seu aplicativo chamado FriendsForFlickr está disponível na App Store há pelo menos um ano.

O garoto conta que tem muitos amigos, fugindo do estereótipo que assombrou outras gerações de nerds. Ainda nessa linha, garante não assistir à série “The Big Bang Theory” e conta que joga tênis em seu tempo livre.

Charlie e seu pai, Robert Hutchison, no WWDC 2013, da Apple

O advogado Robert Hutchison, 47, tirou uma semana de folga para acompanhar o filho na viagem a San Francisco, mas não assistirá às palestras da Apple (o ingresso é para uma pessoa apenas).

Orgulhoso do filho, ele afirma que o garoto é autodidata e que a família toda o apoia na área de desenvolvimento de software. “É incrível o que esses jovens podem fazer.”

Robert também tem outro filho, de dez anos, e afirma que espera vê-lo no WWDC em alguns anos.

Questionado se sua pouca idade pode ser um problema para outros desenvolvedores (imagina uma criança na rodinha do café?), Charlie diz que não. “Se isso tem alguma influência na forma como me tratam, é positiva. Eles me respeitam até mais pela minha idade.”


WWDC 2013: mulheres contam como sobreviver no ambiente masculino da tecnologia
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Juliana Carpanez

Donna Tom (esq.) e Jennifer Giordano, 37, ambas desenvolvedora, chegam para participar do WWDC 2013, evento anual da Apple

A fila de abertura para o WWDC 2013, evento da Apple para desenvolvedores, era composta nesta segunda-feira (14) por público predominantemente masculino. A presença feminina era escassa e algumas das poucas mulheres presentes explicaram, quando abordadas pela reportagem, que estavam lá apenas para fazer companhia a seus parceiros até a entrada.

Algumas das poucas participantes do encontro deram dicas do que as mulheres precisam para sobreviver nesse universo masculino: flexibilidade, firmeza, autoconfiança e também senso de humor.

Há 20 anos na área de tecnologia, a programadora Kristina Sontag, 41, diz já estar acostumada com um ambiente tão masculino. Casada com um fotógrafo e mãe de um menino de 5 anos, ela reconhece que essa área não é das mais fáceis para as mulheres.

“São longas horas de trabalho, o que pode ser difícil quando se tem um filho”, exemplifica, citando o desafio de se organizar uma rotina com essa profissão. Por isso, ela afirma que as mulheres dessa área devem priorizar a flexibilidade. E também o senso de humor – por que não?

Jennifer Giordano, 37, conta que seu marido não tem ciúmes desse tipo de ambiente — sua reação quando a mulher vai para o evento da Apple é de inveja, pois ele também gostaria de participar, segundo ela.

Desenvolvedora de software há 20 anos, ela diz não testemunhar um crescimento na quantidade de desenvolvedoras — assim como Kristina, Jennifer afirma ter a impressão de que esse número vem caindo nos últimos anos. Para as poucas que existem, seu conselho é ter autoconfiança.

Donna Tom, 29, vai na mesma direção. Ela cita um sentimento que pode atingir qualquer profissional, o de não se achar bom o bastante no que faz e temer ser uma farsa. Donna acredita que isso pode ser ainda mais comum entre as mulheres do universo da tecnologia, por serem tão poucas, e dá o seguinte conselho.

“Se você sofrer da síndrome do impostor, é importante parar e pensar em como trabalha, por que chegou onde está e quais suas competências.” Em muitos dos casos, acredita, a profissional concluirá ser merecedora daquela posição – que, independente de qual seja, no universo da tecnologia geralmente pertence aos homens.

O WWDC 2013 será realizado no centro de convenções Moscone até sexta-feira (14).

*A editora viajou a convite da Apple

 


WWDC 2013: americanos contam perrengue para comprar ingressos do evento da Apple
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Juliana Carpanez

Os ingressos para o WWDC 2013, evento de desenvolvedores da Apple realizado em San Francisco (Califórnia) esgotaram-se neste ano em 72 segundos, segundo o diretor-executivo Tim Cook. A empresa não divulga o número de vagas, mas sabe-se que cada participante desembolsa US$ 1.600 (cerca de R$ 3.200) no ingresso para o evento de quatro dias.

Da esq. para a dir.: Eric Allam, Adam Fortuna e Jon Friskics tiveram problemas na compra do ingresso

Alguns dos desenvolvedores presentes na palestra de abertura (que teve cobertura ao vivo do UOL Tecnologia) disseram ter enfrentado problemas na hora (ou melhor: no minuto) da aquisição online. Cinco norte-americanos ouvidos pela reportagem acharam que ficariam de fora do evento, mas descobriram que haviam garantido seu lugar.

Os desenvolvedores Jon Friskics, Adam Fortuna e Eric Allam trabalham juntos e, no minuto em que abriram as inscrições, tentaram fazer a compra sem sucesso — cada um em seu computador, eles tiveram o mesmo problema. “O carrinho atualizava, mostrando que não tínhamos selecionado os ingressos”, relata Allam. Ao tentar novamente fazer a compra, aparecia a mensagem de que as inscrições estavam esgotadas.

John Hare (esq.) e Jay Kerr receberam mensagens de erro e, na sequência, viram no site que as vendas tinham sido encerradas

Cerca de seis horas depois, no entanto, cada um deles recebeu uma ligação da Apple confirmando a compra.

O mesmo aconteceu com os desenvolvedores Jay Kerr e John Hare. Eles receberam mensagens de erro e, na sequência, viram no site que as vendas tinham sido encerradas. Horas depois — ou no dia seguinte, no caso de Hare — foram informados via telefone que estavam inscritos.
Nós aqui do Gigablog não vimos, mas acreditamos que a reação deles à notícia deve definir o que é a alegria de um nerd. LOL.

PS: Caso você se pergunte “mas quem paga essa fortuna para assistir a um evento de tecnologia?”, todos os entrevistados tiveram a participação custeada por suas empresas.

*A reportagem viajou a convite da Apple

Lá do WWDC 2013.

Imagens: Juliana Carpanez/UOL.

Tags : apple wwdc