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Categoria : Vida digital

Recurso de marcação no Instagram pode fazer fotos ‘falarem’
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Juliana Carpanez

Quando o usuário faz a cachorrinha falar a frase acima,  associa essa foto no Instagram ao perfil @houston_we_have_a_problem

Um novo recurso do Instagram permite que você marque quem aparece nas fotos, como já acontece no Facebook. Com essa mesma ferramenta de marcação — e alguma paciência — também dá para criar balõezinhos de frases como aqueles das histórias em quadrinhos. Vide a cachorrinha Zara aí ao lado, que nos avisa sobre um problema (a cara de preocupação é típica da raça e não se refere à gravidade dos fatos).

A ideia aqui é transformar nomes de usuários em frases, pois essa é a única forma de fazer a foto “falar”. Em vez de mostrar o nome da pessoa que aparece na imagem, a ferramenta exibe o que ela estaria falando — essa frase é o nome de outro usuário, como Im_a_ninja (“sou um ninja”).

Esse uso adaptado veio da agência Loducca, que criou o perfil @tag_talk – a conta só segue quem usa frases no nome de usuário, como “Genius”, “Poxa_vidahein”, “Fail” e “Poker_face”. Com isso, a @tag_talk acaba funcionando como um “banco de dados”, que reúne frases interessantes para adicionar às suas fotos. Esse recurso de marcação só funciona na versão mobile do Instagram.

Essa é a parte legal da história. A chata é que, quando o usuário faz a cachorrinha falar “Houston, we have a problem”, ele associa essa foto ao perfil @houston_we_have_a_problem, criado pelo jovem norte-americano Houston Cunningham, 18, que adora basquete. Ou seja: nada a ver (e o tal Houston não necessariamente gostará de ser marcado nesse conteúdo).

Além disso, há uma quantidade limitada de expressões. O “banco de dados” do @tag_talk segue 96 usuários que servem como frases – apenas uma delas está em português. O vídeo de apresentação lembra que você pode criar novos perfis, com as frases que quiser, mas nesse caso o trabalho fica maior que a diversão.


Um em sete adolescentes brasileiros no Facebook adiciona mãe como amiga, diz pesquisa
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Ana Ikeda

Uma pesquisa feita pelo Facebook com usuários brasileiros revela que um em cada sete adolescentes entre 13 e 18 anos (13,8%) adiciona a mãe como amiga na rede social. É necessária certa dose de coragem, diriam alguns filhos (e de várias faixas etárias), para dar esse mesmo passo.

Afinal, a probabilidade de a sua mãe comentar algo constrangedor na frente dos amigos existe. Como aquele apelido de infância (Tchuquinho, que lindo nessa foto!), uma bronca (Carlos Eduardo Neves e Silva, ainda não arrumou a bagunça no quarto e já está no Feice?) ou mesmo um recado (Papai disse que deixou o dinheiro da mesada na mesa).

De toda a forma, é possível para filhos e mães conviverem em paz. Porque, filhos, as configurações de privacidade do Facebook estão aí pra isso (e pra muito mais também). E o próprio Facebook recomenda, antes de tudo, que as mães ajudem os adolescentes a entender a importância (e impacto) de estar em uma rede social. Abaixo, algumas dicas para elas:

#1

Okay, mãe, você ainda está se enturmando com o tal do Facebook. Isso não impede que você estabeleça uma conversa sobre segurança com seu filho. Alguns pontos importantes a abordar:

Privacidade (uma foto postada publicamente pode ter proporções muito maiores do que ele imagina; compartilhar senhas com amigos e namorados é uma roubada; informações pessoais devem ser tratadas igual são na vida real, com muito cuidado)

Ciberbullying (ele pode se dar muito mal ao zoar alguém online só para entrar na onda dos amigos; se está sendo perseguido, há como denunciar o abuso na própria rede)

Amizades virtuais (melhor aceitar solicitações de quem você conhece na vida real também).  Mais dicas de segurança e de como funciona a rede podem ser vistas no Facebook em Dicas para Pais

#2

Claro que a rede social ajuda você a manter um contato mais próximo do seu filho. Mas se você não diz aquele apelido íntimo da família na frente dos amigos dele na sala de casa, por que fazer isso num post no Facebook? Contenha-se. Sim, contenha-se! Você consegue.

#3

Não tem Facebook e não sabe que raio é isso? Digamos que você pode não querer entrar na rede, mas no mínimo deve se informar como ela funciona, até mesmo com o seu filho. No mundo, 1 bilhão de pessoas estão cadastradas no site. É muita gente e seu filho está lá entre elas. Saiba como ele anda usando as configurações de privacidade para não se expor demais diante de tamanha plateia. Neste link, filhos podem ver mais dicas de segurança.

* A pesquisa foi feita pelo Facebook Brasil por ocasião da comemoração do Dia das Mães (no próximo domingo) com 29.562 pessoas entre os dias 8 e 10 de maio.

Bônus:

É mãe e está curiosa sobre o presente que vai ganha no domingo? Veja abaixo os palpites do Facebook, baseados numa enquete feita com o que filhos brasileiros darão às mães:

– Roupas e acessórios (53%)

– Eletrônicos (18%) (eu o/)

– Cosméticos (17%)

– Doces e Chocolates (4,5%)

– Flores (4,2%)

– Calçados (3,1%)


Lá do Facebook Brasil.

Imagem: Reprodução


Com impressora 3D, Disney transforma visitantes de parque em stormtrooper por US$ 100
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Guilherme Tagiaroli

A Disney anunciou que voltará a ter fins de semana temáticos dedicados a “Star Wars”. E uma das ações para os visitantes do Disney’s Hollywood Studios é a possibilidade de se tornar  um stormtrooper – membro do exército imperial da saga de filmes. Após um longo processo o D-TechMe (como é chamada a atração) consegue produzir uma miniatura do soldado com o rosto do visitante em uma impressora 3D. O valor cobrado pela atração é US$ 100 (aproximadamente R$ 202) mais o custo para entrega.

A miniatura mede 19,05 centímetros (7,5 polegadas) e leva um bom tempo para ficar pronta. Para isso, o rosto do visitante é escaneado por um aparelho 3D por cerca de dez minutos. A imagem capturada é enviada a uma impressora 3D de alta resolução que imprimirá um boneco.

No entanto, quem passar pela experiência vai demorar a colocar as mãos na miniatura. O visitante do parque deverá esperar entre sete e oito semanas para receber a réplica do stortrooper com seu rosto (haja paciência!) – o blog da Disney ainda diz que a entrega pode demorar mais para estrangeiros.

O D-TechMe estará disponível a partir do dia 17 de maio no parque Disney’s Hollywood Studios na Flórida (Estados Unidos).


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Lá do Disney Parks Blog

Imagens: Divulgação


Vídeo (estilo ‘quer que eu desenhe?’) explica como internet pode prejudicar o conhecimento
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Juliana Carpanez

O escritor Nicholas Carr escreve sobre tecnologia, cultura e economia. O site Epipheo faz vídeos incríveis para “compartilhar as epifanias dos líderes de pensamento mundiais” – categoria na qual o autor citado se encaixa, segundo o próprio Epipheo. Feitas as apresentações, vamos ao vídeo abaixo (em inglês), que une o melhor desses dois mundos. Nele, a turma dos vídeos explica – bem no estilo “quer que eu desenhe?” — o livro “Geração Superficial: o Que a Internet Está Fazendo Com os Nossos Cérebros” (Ed. Agir), escrito por Carr.

Na publicação (e no vídeo, por consequência), o autor explica como a forma de consumo de conteúdo online atrapalha a construção do conhecimento. Esse processo não se consolida, segundo o autor, pois vivemos um estado constante de distração e interrupção.

Um exemplo no vídeo mostra como isso funciona. Você está lendo um texto online e recebe uma mensagem de texto no celular. Ela contém uma foto engraçada, que pre-ci-sa ser compartilhada. Você vai então para o Facebook e, quando se dá conta, está assistindo ao vídeo de um panda atacando uma criança. Passa para a Wikipedia, para ler sobre o comportamento dos pandas e tuíta como eles são assustadores. Quem nunca?

O problema se dá porque essa vontade de consumir informação, que é inerente ao homem, encontrou recentemente uma oferta quase ilimitada de conteúdo online. Com isso, pode surgir um comportamento compulsivo – observado hoje nas melhores famílias –, de gente que está sempre ligada na tela do computador ou do celular (como mostra o vídeo abaixo).

Carr afirma que as informações são consumidas, mas não passam por um estágio de “consolidação da memória” – é nele que seus conhecimentos já adquiridos se relacionam, consolidando o conhecimento. Mas no período de “calmaria intelectual”, quando o conteúdo seria promovido a esse estágio de “longo prazo”, você é bombardeado por mais informações (recebe um e-mail, vai curtir o Facebook, escreve uma mensagem de texto). Assim, a tal promoção nunca acontece – da informação e, bem provavelmente, a sua também.

Uma solução para amenizar o problema seria reservar diariamente um tempo para ficar offline, concentrando-se em uma única atividade de cada vez – ler um livro, assistir a um filme, ouvir música ou realizar outra atividade da forma como nossos antepassados faziam. Você pode começar assistindo novamente ao vídeo acima sem usar simultaneamente o Facebook. Será que dá?

Lá do Gizmodo 


Postar foto de comida pode indicar distúrbio alimentar, diz psiquiatra
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Ana Ikeda

Se você acha que postar um monte de fotos de comida no Instagram não é lá tão normal assim, digamos que há motivo para preocupação. Publicar compulsivamente fotos de comida em redes sociais pode indicar que a pessoa sofre de algum distúrbio alimentar. A afirmação é da chefe de psiquiatria do Hospital da Mulher da Universidade de Toronto, Valerie Taylor.

A psiquiatra diz ter pacientes em tratamento de problemas alimentares que tentam lutar contra esse hábito da comida virar o centro das interações sociais na internet – o que comem, quando comem e quando vão comer de novo.

Ao “Huffington Post”, Valerie disse que embora a prática de compartilhar fotos de comida nas redes sociais seja comum, em alguns casos ela pode demonstrar a exclusão de outras coisas importantes da vida.

“A preocupação começa quando tudo o que eles fazem é enviar fotos de comida. Tiramos fotos de coisas que são importantes para nós e, para algumas pessoas, a comida em si se tornou central; o local, a empresa e outros elementos são só pano de fundo”, diz.

Para Valerie, a comida está adquirindo um papel importante demais na vida das pessoas. “Já não se trata mais de simples combustível”, diz. Outro exemplo semelhante ao da publicação de fotos de comida são as tatuagens com o tema. “Como as tatuagens de ‘Eu amo o McDonald’s’ substituindo as de ‘Eu amo minha mãe’.”

Tirar foto de comida também é assunto polêmico quando se trata de etiqueta. Alguns críticos dizem que embora a prática seja prazerosa para quem tira a foto, pode incomodar quem está em volta naquele momento. Há ainda quem aproveite as fotos de comida para criar grupos de apoio à la Vigilantes do Peso virtual.


Lá do Huffington Post.

Imagem: Reprodução.


iPhone roubado faz polícia de NY protagonizar prisão cinematográfica
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Ana Ikeda

A descrição feita pelo jornalista Michael Wilson, do “New York Times”, lembra uma cena de seriado americano. Podia até ser “Nova York Contra o Crime” ou “Lei e Ordem” (okay, exagero meu). A questão é que dezenas de iPhones são roubados todos os dias na cidade, mas um aparelho em especial foi devolvido à dona após uma “caçada” policial cinematográfica no metrô da cidade guiada pelo Find My iPhone.

Tudo ocorreu no último dia 15 de abril. Uma mulher falava ao iPhone quando um adolescente passou correndo e roubou o celular de suas mãos. Só no ano passado, lembra Wilson, mais de 16 mil smartphones foram roubados na cidade. Era para ser mais um “caso perdido”.

A mulher, mesmo sem acreditar que teria seu iPhone de volta, avisou um policial sobre o roubo. Ele então contatou outras unidades pelo rádio para dar um alerta sobre o suspeito, que vestia uma blusa de capuz amarela (uma cor discretíssima, não é, gente?).

Um policial que ouviu o chamado usou o próprio celular da Apple para fazer login (com os dados da vítima roubada) no Find My iPhone, aplicativo que mostra a localização do celular. Foi então que a perseguição ao pontinho andando no mapa na tela do smartphone começou – o suspeito não tinha desligado o celular roubado.

Pelo aplicativo, deu para os policiais perceberem que o assaltante estava se deslocando pela cidade usando o metrô. Isso porque na primeira tentativa de encontrar o suspeito, os policiais não viram ninguém vestido de amarelo na estação 111th Street. Ao atualizar os dados do Find My iPhone, viram que o pontinho já tinha ido à parada da 103rd Street. Chegando lá, correndo contra o fluxo de passageiros saindo, de novo não avistaram o suspeito, mas já sabiam em qual trem ele estava.

Foi então que os policiais ligaram para a autoridade de transportes metropolitanos da cidade, que por sua vez ordenou que o condutor do trem parasse na próxima estação e mantivesse as portas fechadas.

Vagão por vagão, eles foram olhando cada um dos passageiros. Até que viram um jovem que se encaixava na descrição feita pela vítima. Ele ainda tentou desconversar, dizendo que vinha do Brooklyn. “Mas o trem nº 7 faz tantas paradas no Brooklyn quanto em Urano”, brinca Wilson.

Foi necessário apenas que os policiais ligassem para o número de celular da vítima. O iPhone começou a tocar, no bolso de trás da calça de Jordan Osborne, 19. O moletom amarelo (discretíssimo, vale repetir) estava guardado na mochila dele.

O suspeito foi detido e indiciado. Está na prisão de Rikers Island (aquela mesma… tão citada nas séries policiais que você vê na TV por assinatura).

Claro, roubo de celular não é exclusividade da vida nova-iorquina. Então, se você teve o celular roubado no Brasil, veja o que pode ser feito. Conheça também a história de um publicitário paulistano que perdeu o iPhone, mas usou o Google Street View para conseguir recuperá-lo.

Lá do New York Times.

Foto: Getty Images.


Conta no Twitter leva protagonista da série ‘Mad Men’ aos anos 80
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Juliana Carpanez

Don Draper e seu paletó branco

Don Draper é o cara. Na série “Mad Men”, o publicitário pega geral, tem as ideias mais brilhantes e mostra o glamouroso dia a dia de um macho alfa nos anos 60. Dito isso, passemos às muitas possibilidades criadas pela tecnologia e a um perfil no Twitter chamado 80sDonDraper, que leva esse mesmo protagonista ao universo (cafona?) dos anos 80.

Os tuítes de Don Draper mais moderninho são todos em inglês, mas não é preciso entender a língua para reconhecer termos como Smurfs, Bill Cosby, Paula Abdul e fax. O perfil criado no dia 24 de abril parece ter agradado e soma quase 26 mil seguidores (ainda assim fica bem atrás da cantora Paula Abdul, que faz sucesso até hoje com seus 2,4 milhões de seguidores).

Entre muitas referências da década da polaina e chavões publicitários destaca-se uma frase de efeito, que talvez no Brasil só viesse a fazer sentido nos anos 90. Diz Don Draper dos anos 80: “Este telefone celular é o tijolo com o qual construiremos o futuro”.  Visionário!

 


Compra de sofá no eBay faz britânico de 66 anos encontrar pulseira de sua mãe
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Juliana Carpanez

David Knapp, 66, mostra pulseira de prata com as iniciais do nome de sua mãe

Senta que lá vem história.

O britânico David Knapp, 66, ficou surpreso quando descobriu que seu genro comprou um sofá no site de leilões eBay. A surpresa não surgiu por causa da compra em si, mas sim porque o produto estava na casa onde o próprio Knapp havia morado com seus pais, em Costock, Nottinghamshire. Por esse motivo (e não porque ele queria ajudar a carregar o sofá), o britânico foi com o genro buscar a compra.

Chegando lá, contou ao atual dono da casa que havia morado no local até 1985, quando se mudou com a família (a casa foi construída em 1936 por seu avô). Foi então que o atual proprietário deu a Knapp uma pulseira de prata que tinha as iniciais E.R., do nome de sua mãe. “Deve ser uma pulseira de noivado, porque tem um coração”, afirmou o britânico, que não sabia da existência da joia.

Os donos da casa disseram ter encontrado a peça quando faziam jardinagem em frente à janela de um quarto. Annie Sherman, que achou o item, disse estar muito contente de poder entregar a pulseira a Knapp: “Fiquei com um nó na garganta. Ela [a pulseira] está de volta a seus verdadeiros donos”.

Moral da história: compre um sofá no eBay, ganhe uma joia de família.

Lá do Daily Mail (com foto e tudo)


Jornalista passa um ano sem internet e admite que vida offline decepcionou
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Ana Ikeda

A missão à qual Paul Miller, ex-editor do blog de tecnologia Engadget, se propôs a cumprir não era nada fácil: ficar um ano sem usar internet. O jornalista se desconectou completamente em 30 de abril de 2012, dando adeus aos e-mails, tuítes e posts no Facebook. Isso porque estava se sentindo sufocado pela vida online. Concluída a experiência, ele admite agora que a vida online não era assim tão ruim. “Eu estava errado”, escreveu Miller, ao dar sinal de vida (digital).

“Eu ainda estou aqui: de volta online depois de um ano sem internet” é o título de seu artigo publicado no “The Verge”, site de tecnologia que financiou a experiência do jornalista.

Miller relembra que toda a experiência começou porque ele sentia, aos 26 anos, que a internet o estava tornando improdutivo. Tudo parecia sem sentido na sua vida, como se estar conectado tivesse “corrompido sua alma”. Mas ficar um ano sem internet não produziu “momentos epifânicos” na sua vida, confessou o jornalista no artigo.

Fase #1

A primeira etapa da vida offline de Miller foi, segundo ele, “ótima”. Ele perdeu quase sete quilos (“Sem realmente fazer muito esforço”), escreveu metade de um romance, aumentou seu grau de atenção (“Agora consigo ler 100 páginas da ‘Odisseia’ de uma vez”) e se dedicou às interações no mundo real (dedicou mais tempo à irmã, que vivia frustrada por ter de dividir a atenção dele com o computador, “quase que pela vida inteira”).

Fase #2

Enquanto redescobria coisas básicas da vida, como recorrer a mapas de papel para encontrar locais e ligar direto na companhia para comprar um bilhete de avião (em vez de ficar comparando opções na internet), Miller se deparou com um problema: sua caixa de correio, aquela das cartas de papel mesmo, lotada.

O jornalista diz que a sensação produzida é a mesma que teria com uma caixa de entrada de e-mails apinhada de mensagens não lidas. “Então, por algum motivo, até mesmo ir aos Correios soava como trabalho. Comecei a temer as cartas e quase a lamentar [recebê-las].”

Outros aspectos de sua vida também começaram a pesar. Faltava motivação para ler um bom livro, sair de casa para encontrar os amigos.  Miller diz que foi no final de 2012 que ele abandonou escolhas positivas da vida offline e descobriu vícios. Ficou preguiçoso e passava semanas sem ver os amigos (e horas jogando videogame). Seu lugar preferido passou a ser o sofá de casa.

Fase #3

Miller então percebeu que escolhas morais não eram assim tão diferentes no mundo desconectado. Diz que sem internet é  mais difícil encontrar pessoas. “É mais difícil ligar que mandar um e-mail.” Fora da internet, sua existência se tornou banal e “os piores lados” dele começaram a surgir.

Um deles era o Miller antissocial. “Meus pais ficavam fulos imaginando se eu ainda estava vivo, e mandavam minha irmã me visitar para ver como eu estava. Na internet, era fácil se assegurar de que as pessoas estavam vivas e sãs, fácil de colaborar com meus colegas de trabalho, fácil de ser uma parte relevantes da sociedade”, escreveu.

Foi quando ele chegou à conclusão de que o Paul de verdade e o mundo de verdade estavam intrinsecamente conectados à internet. “Não quero dizer que minha vida era diferente sem internet, só não era a vida real.”

Ficar sem internet por um ano foi certamente um grande ato de desapego e coragem de Miller. E ele foi ainda mais corajoso quando admitiu que não era bem a internet a fonte dos problemas na vida. Tem alguém aí do outro lado da tela disposto a repetir a experiência?

Leia mais:

Você consegue ficar um mês inteiro fora das redes sociais? Eu (quase) consegui

Lá do The Verge.

Imagem: Reprodução.


Café com diretor da Apple custa mais de R$ 1 mi, mas é por uma boa causa
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Guilherme Tagiaroli

Robert Galbraith/Reuters

Se algum dia já passou pela sua cabeça a ideia de bater um papo com Tim Cook, diretor-executivo da Apple, a hora é agora. O site americano Charity Buzz está organizando um café da manhã com Cook na sede da Apple, na Califórnia, para duas pessoas por US$ 560 mil (aproximadamente R$ 1,2 milhão). E este valor pode ficar ainda maior por se tratar de um leilão.

Apesar do alto valor, a causa do café da manhã é nobre. Toda a renda arrecadada no encontro irá para o RFK Center for Justice and Human Rights, uma instituição filantrópica americana que promove iniciativas educacionais e premia iniciativas de jornalismo investigativo no país.

A companhia que ofereceu o maior valor pelo encontro até agora, a Clearcrate.com, é uma fabricante de capinhas para dispositivos Apple (iPhone, iPad e Macbook). O provável representante da empresa no encontro será Galfry Puechavy, o fundador da companhia.

No mínimo, Puechavy vai querer saber se ele deve manter o formato das capinhas do iPhone 5 para o próximo modelo que a empresa for lançar ou vai ter que redesenhar completamente. Conhecendo a Apple, provavelmente, Cook vai ajudar muito (só que não).

Além de Tim Cook, o Charity Buzz oferece encontros com uma série de famosos como um almoço com o diretor Francis Ford Coppola, uma visita ao set de filmagem de “Tartarugas Ninjas” e um encontro com o ator Robert De Niro.  Mas nenhum, até o momento, atingiu um valor tão alto.

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Lá do Charity Buzz via Mashable

Imagem: Robert Galbraith/Reuters